Saúde confirma 1º caso de varíola em Paulínia; SP salta de 590 para 741 e aponta mais infecções por contato íntimo e sexual

Região de Campinas já soma 11 registros do vírus monkeypox, todos em homens. Estado trata casos como surto; veja como se prevenir.


Partícula do vírus da varíola dos macacos; OMS detectou cerca de 80 casos em 12 países — Foto: SCIENCE PHOTO LIBRARY/BBC

Partícula do vírus da varíola dos macacos; OMS detectou cerca de 80 casos em 12 países — Foto: SCIENCE PHOTO LIBRARY/BBC

Paulínia (SP) é a quarta cidade da região de Campinas (SP) a confirmar caso positivo de varíola dos macacos. O registro foi informado nesta quarta-feira (27) pela Secretaria de Estado da Saúde de SP, que também ressaltou o aumento de 25,5% nos moradores infectados pelo vírus monkeypox em SP.

O total saltou de 590 para 741 em dois dias, e foi identificada prevalência de transmissão por contato íntimo e sexual em SP.

Na região, o total chega a 11 casos positivos.

Segundo a Prefeitura de Paulínia, o paciente é um homem de 27 anos, que tem quadro clínico estável. Ele está sendo acompanhado pelo serviço de saúde da rede privada de Campinas. “O paciente também está sendo monitorado pelas autoridades sanitárias do município de Paulínia”, disse a administração.

O diagnóstico foi feito por exame laboratorial, e o resultado saiu nesta terça (26), mas só foi comunicado após registro na Saúde de SP.

‘Contato íntimo e sexual’

Segundo a Saúde de SP, todos os pacientes estão com boa evolução do quadro e são acompanhados pelas vigilâncias epidemiológicas dos seus respectivos municípios, com o apoio do Estado.

A secretaria já trata como surto da doença, e disse que a prevalência é de transmissão em relações íntimas e sexuais.

“O vírus da Monkeypox faz parte da mesma família da varíola e é importante salientar que o atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. A transmissão ocorre entre pessoas e o atual surto tem prevalência de transmissão de contato íntimo e sexual”.

Onde estão os casos em SP

Do total de 741 casos de monkeypox, 614 estão concentrados na capital paulista. Os demais estão distribuídos em 41 cidades:

  • 614 em São Paulo.
  • 15 em São Bernardo do Campo.
  • Cidades com 10 casos: Itapevi e Santo André.
  • Cidades com 8 casos: Guarulhos e Osasco.
  • 7 em Campinas.
  • 6 em Diadema.
  • Cidades com 5 casos: Barueri e Ribeirão Preto.
  • Cidades com 4 casos: Itapecerica da Serra e São Caetano do Sul.
  • Cidades com 3 casos: Cajamar, Cotia e Embu das Artes.
  • Cidades com 2 casos: Carapicuíba, Indaiatuba, Itaquaquecetuba, Jundiaí, Mogi das Cruzes, São Carlos, São José dos Campos, Sertãozinho e Taboão da Serra.
  • Cidades com 1 caso: Araras, Bady Bassit, Embu-Guaçu, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itanhaém, Itararé, Jacareí, Jandira, Mauá, Paulínia, Praia Grande, Santa Bárbara D’Oeste, Santos, Sorocaba, Suzano, Várzea Paulista e Vinhedo.

Como se prevenir contra a monkeypox

  • Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele
  • Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença
  • Higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool gel
  • Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais
  • Uso de máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e contactantes.
Casos da varíola dos macacos apresentam lesões pelo corpo — Foto: Getty Images

Casos da varíola dos macacos apresentam lesões pelo corpo — Foto: Getty Images

Principais sintomas

Aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus

  • Caroço no pescoço, axila e virilhas
  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Calafrios
  • Cansaço
  • Dores musculares

A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas

  • Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
  • De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

Fonte: G1

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