Construções irregulares agravam alagamentos em Moema, Zona Sul da capital paulista
Funcionários do município trabalham ao lado de muro construído em cima de viela sanitária para corrigir escoamento da chuva. Prefeito Ricardo Nunes (MDB) reconheceu problema e disse que determinou medidas judiciais para derrubar o muro.
Construções irregulares agravam alagamentos em Moema
Construções irregulares feitas em Moema, Zona Sul da cidade de São Paulo, agravaram os alagamentos ocorridos na região. Na última semana, uma senhora de 88 anos morreu afogada dentro de seu carro, que ficou preso numa enchente.
Segundo moradores, um muro construído por um condomínio sobre a viela sanitária interferiu no escoamento da água da chuva na Rua Gaivota, onde Nayde Pereira Capelano morreu.
Vielas sanitárias são áreas reservadas para escoamento da água da chuva e também da rede de esgoto, de aproximadamente três metros. Elas estão em toda cidade e fazem parte do sistema de drenagem dos bairros.
Funcionários da prefeitura trabalhavam no início da tarde desta segunda-feira (13) ao lado do muro. Contudo, a construção só será desfeita após decisão judicial.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que determinou à Procuradoria Geral do Munício (PGM) para tomar as medidas judiciais para derrubar o muro.
“Se eu tiver hoje a autorização judicial nós já vamos fazer hoje. É inaceitável que um condomínio faça um muro daquele de forma irregular e irresponsável. Muito possivelmente se aquele muro não estivesse ali não teríamos o que aconteceu”, afirmou o prefeito.
De acordo com a PGM, a Subprefeitura de Vila Mariana (responsável pelo bairro de Moema) enviará um relatório com dados técnicos da área, que vão sustentar a medida judicial para derrubada do muro.
Em nota, a Prefeitura afirmou que há nove ações em curso para “reintegrações de posse de ocupações irregulares que culminaram na impermeabilização do solo ao longo do Córrego Uberabinha, todos eles nas proximidades da tragédia na esquina da Rua Gaivota com Ibijaú”.
Fonte: G1
