Educação

Aluna de medicina da USP foi presa por suspeita de participação em atos terroristas em Brasília

Roberta Jérsyka Oliveira Brasil Soares, de 35 anos, aparece em lista da Secretaria de Administração Penitenciária do DF. Ela recebeu ao menos R$ 11,3 mil de benefícios do governo federal. Faculdade de Medicina da USP informou que ‘repudia veementemente os acontecimentos na data’.


Aluna de medicina da USP foi presa em Brasília por participar de atos antidemocráticos — Foto: Reprodução

Aluna de medicina da USP foi presa em Brasília por participar de atos antidemocráticos — Foto: Reprodução

A estudante de medicina da Universidade de São Paulo (USP) Roberta Jérsyka Oliveira Brasil Soares, de 35 anos, está na lista de presos por ataques terroristas em Brasília, em 8 de janeiro. As prisões ocorreram depois que as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário foram invadidas e depredadas.

A estudante fez postagens dias antes dos atos nas redes sociais. Além disso, ela teria recebido ao menos R$ 11,3 mil de benefícios do governo federal, incluindo o Auxílio Emergencial, segundo dados do Portal da Transparência (leia detalhes mais abaixo).

Roberta também teria passado as festas de fim de ano em um acampamento bolsonarista em São Paulo.

Nos atos do dia 8, os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas. O ataque às sedes dos Três Poderes e à democracia é sem precedentes na história do Brasil.

prejuízo ao patrimônio público está calculado em ao menos R$ 3 milhões apenas na Câmara dos Deputados que, junto com o Senado Federal, compõe o Congresso Nacional.

Em nota, a Faculdade de Medicina da USP confirmou o vínculo de Roberta com a universidade e informou que “repudia veementemente os acontecimentos na data” e que “os fatos serão apurados pelos órgãos competentes”.

Apoio aos atos nas redes sociais

Nas redes sociais, a última publicação da estudante foi feita no dia 6 de janeiro, dois dias antes do ato terrorista.

“Não estamos de brincadeira quando falamos de defender nossas liberdades e nosso país! Sim, só está começando!”, escreveu Roberta Jérsyka.

A estudante começou a compartilhar postagens de teor político pró-Bolsonaro no final de setembro do ano passado, dias antes do primeiro turno das eleições. Em uma das postagens ela escreveu: “Desde 2018, entendi que era melhor ficar calada, mas estarmos calados nos custa a liberdade”.

Em outra publicação, de 4 de janeiro, a estudante citou a invasão do palácio presidencial no Sri Lanka, em julho de 2022, como exemplo de o que deveria ser feito no Brasil (veja post abaixo):

“O poder emana do povo! Mas quando os políticos não atendem o clamor do povo? Foi isso que aconteceu! Até milhares podem ser presos, mas uma população em milhões reunida não! Poder ser de forma pacífica, mas caos!”, diz a postagem.

Publicação de Roberta Jérsika no Instagram — Foto: Reprodução

Publicação de Roberta Jérsika no Instagram — Foto: Reprodução

Fonte: G1

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