Após vender o fogão, costureira atravessa São Paulo com o filho deficiente para comer em restaurante popular
Em unidade da 25 de março, rua de comércio popular da capital paulista, a presença de idosos é grande e aposentada lamenta: ‘É muito remédio; é diabetes 2, tireoide, coração, pressão. Não sobra dinheiro para comer não’.
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Após vender o fogão, costureira atravessa São Paulo com o filho para comer em restaurante popular
Desde o início da pandemia, a procura por refeições dos restaurantes populares de São Paulo cresceu 23% e uma das pessoas que passou a frequentar o local foi a costureira Leni Canteli.
Após vender o fogão de sua casa por estar sem dinheiro para comprar gás e comida, ela atravessa São Paulo, todos os dias, com o filho que tem deficiência intelectual, para comer na unidade da 25 de março, rua de comércio popular da capital paulista, do restaurante Bom Prato. O preço da refeição é R$ 1.
“Eu tinha um fogão, dispensei ele. Não faço muita comida. Ultimamente está muito difícil para comprar; o gás está muito caro. Um pãozinho hoje é quase um real! Falei para o meu filho: se você quiser, você vai. Mas eu vou lá para comer melhor. Eu estava ficando muito fraca”, conta.
No local, a presença de idosos é grande, quase metade da fila imensa é formada por eles. Ao Profissão Repórter, a aposentada Zilá Coimbra da Silva lamenta:
“É muito remédio; é diabetes 2, tireóide, coração, pressão. Não sobra dinheiro para comer não”.
Assista ao programa completo abaixo:
Edição de 12/07/2022 – Brasil de volta ao Mapa da Fome
Fonte: G1