Mulheres protestam em SP pela cassação do registro de anestesista que estuprou paciente durante o parto no RJ

Ato ocorreu em frente ao Conselho Regional de Medicina. Grupo também vai protocolar ação no MPF. Giovanni Quintella Bezerra foi filmado por funcionários do Hospital da Mulher de São João de Meriti abusando de uma mulher enquanto ela estava dopada e fazia uma cesariana.


Mulheres protestam cobrando a cassação do médico que estuprou paciente durante parto no RJ — Foto: Divulgação/MTST

Mulheres protestam cobrando a cassação do médico que estuprou paciente durante parto no RJ — Foto: Divulgação/MTST

Um grupo de mulheres protestou em frente ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) na manhã desta quarta-feira (13), pedido a cassação do registro profissional do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso por estrupo.

Giovanni foi filmado por funcionários do Hospital da Mulher de São João de Meriti, no Rio de Janeiro, abusando de uma paciente enquanto ela estava dopada e fazia uma cesariana.

O ato foi organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que levou ao Cremesp uma representação demandando ações dos conselhos de medicina contra a violência de gênero e a violência obstétrica nos espaços de saúde, além do pedido de cassação.

Na sequência, as mulheres seguiram em marcha até a sede da rádio Jovem Pan, na Avenida Paulista, onde fizeram um escracho. Elas denunciaram a emissora por expor a identidade da vítima de Quintella.

O coletivo pretende protocolar uma ação no Ministério Público Estadual pedindo investigação e punição à emissora paulista.

Nota do Cremesp

Em nota, o Cremesp disse que repudia veementemente o crime praticado pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra e informa que cabe ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ) a apuração e adoção das medidas cabíveis, uma vez que o mesmo não possui registro no Estado de São Paulo, estando, portanto, fora da jurisdição do Cremesp.

No texto, o conselho diz ainda ser favorável às manifestações de repúdio referentes ao revoltante caso em questão, “mas que considera descabida a ação feita hoje, em sua sede, uma vez que não cabe ao Cremesp punir o referido profissional, que, inclusive, já teve a suspensão provisória do registro profissional aprovada pelo Cremerj, no dia 12.”

Ato pede que anestesista seja punido pelo Conselho de Medicina  — Foto: Divulgação/MTST

Ato pede que anestesista seja punido pelo Conselho de Medicina — Foto: Divulgação/MTST

Manifestantes protestam pedindo punição de anestesista que estuprou paciente durante o parto  — Foto: Arquivo Pessoal

Manifestantes protestam pedindo punição de anestesista que estuprou paciente durante o parto — Foto: Arquivo Pessoal

Ato ocorre em frente à sede do Conselho Regional de Medicina de SP — Foto: Arquivo Pessoal

Ato ocorre em frente à sede do Conselho Regional de Medicina de SP — Foto: Arquivo Pessoal

A equipe vinha desconfiando do comportamento do anestesista e estranhava, por exemplo, a quantidade de sedativo aplicado nas grávidas. Funcionárias do hospital trocaram a sala de parto para conseguir filmar o flagrante.

As manifestantes também irão protocolar um pedido de punição do profissional no Ministério Público Federal.

O caso é investigado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). O Hospital também abriu uma sindicância interna e notificou o Cremerj.

Ato na sede do Cremesp — Foto: Arquivo Pessoal

Ato na sede do Cremesp — Foto: Arquivo Pessoal

Manifestantes protestam contra médico que estuprou paciente sedada durante o parto   — Foto: Arquivo Pessoal

Manifestantes protestam contra médico que estuprou paciente sedada durante o parto — Foto: Arquivo Pessoal

Fonte: G1

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