Dos 92 DPs da cidade de SP, 54% deles tiveram alta em registros de roubos

Dos 92 DPs da cidade de SP, 54% deles tiveram alta em registros de roubos, na comparação com 2021

Levantamento do SP2 aponta que o Distrito Policial da Consolação teve o maior aumento, de 122%, e o da Vila Rica, a maior queda, de 24%.


3º Distrito Policial (DP), Campos Elíseos, no Centro de São Paulo, foi a delegacia que mais teve aumento no número de registros de boletins de ocorrência por roubo no estado de São Paulo — Foto: Reprodução/Google Maps

3º Distrito Policial (DP), Campos Elíseos, no Centro de São Paulo, foi a delegacia que mais teve aumento no número de registros de boletins de ocorrência por roubo no estado de São Paulo — Foto: Reprodução/Google Maps

Um levantamento exclusivo feito pelo SP2, a partir de números da própria Secretaria estadual da Segurança Pública, mostra que, dos 92 distritos policiais da capital, em 54 deles foi registrada alta de roubos, na comparação com o período de janeiro a agosto de 2021.

Seja nos bairros periféricos, seja no centro expandido, muita gente reclama do clima de insegurança na cidade. Além da Consolação, Campos Elíseos, Jardins, Pari, Sé, Pinheiros, Santa Cecília, Cidade Monções, Perdizes e Vila Mariana são os dez bairros que tiveram os maiores aumentos de roubos na capital.

As maiores quedas ocorreram em Vila Rica, Vila Carrão, Vila Joaniza, Parque da Mooca, Jaçanã, Jardim das Ibuias, Campo Limpo, Sacomã, Parelheiros e Capão Redondo, a grande maioria deles, bairros periféricos.

Roberto Monteiro, delegado seccional do Centro, afirma que “não há um dia em que nós não tenhamos prisões”.

A maior alta foi no 4º DP, na Consolação, em que os registros de roubos subiram 122% de janeiro a agosto deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.

“O Centro da capital é o maior centro também de distribuição e transporte coletivo da América do Sul. Nós temos em média quase 2 milhões de pessoas por dia usando esses terminais de ônibus, de trem e de Metrô, e também caminhando ou trafegando pela área central”, completa Monteiro.

Para Rafael Alcadipani, professor da Fundação Getúlio Vargas e membro do Fórum de Segurança Pública, as regiões periféricas da cidade sofrem mais.

“O crime está perpassando toda a cidade de São Paulo, e as periferias são as que mais sofrem porque o pessoal dos bairros ricos conseguem contratar segurança privada, muitas vezes tem segurança no prédio e o pessoal da periferia não consegue fazer [isso].”

“Os crimes contra o patrimônio estão relacionados com a presença de crise econômica. O segundo aspecto é que falta policial em São Paulo. A deficiência da Polícia Militar é de mais de 10 mil homens e a mesma coisa se passa na Polícia Civil. Quando você tem menos policiais, faz com que tenha menos policiais investigando, menos patrulhamento e deixando a situação muito fácil para o crime.”

Fonte: G1

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