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‘Vencidinhos’: com crise, comerciantes que dão desconto a produtos prestes a perder validade relatam aumento em vendas

Em alguns locais, quanto mais próximo da data de vencimento, mais barato o produto. Eles têm sido a saída de muitos consumidores para manter padrão de compra sem estourar orçamento.


Consumidores optam por produtos próximos da data de vencimento para pagar mais barato. — Foto: Rerodução

Consumidores optam por produtos próximos da data de vencimento para pagar mais barato. — Foto: Reroduçãohttps://d00561ee4db873dd0a3faaa1f96f283a.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Com o aumento de preços, consumidores procuram alternativas para economizar e não abrir mão de alimentos, uma delas são os “vencidinhos”, supermercados com descontos de até 90% que vendem produtos próximos à data de validade.

Em alguns locais, quanto mais próximo da data, mais barato o produto. Eles têm sido a saída de muitos consumidores para manter o padrão de compra sem estourar o orçamento.

Entre as ofertas, é possível, por exemplo, encontrar pão de alho a partir de R$ 5,99 ou um salgadinho que sairia por R$ 4 em um mercado comum, por R$ 0,66.

“Tem produtos que acabam saindo até 50% mais barato. Um que no preço normal você pagaria até R$ 6 o pacote, sai por R$ 1,99”, afirma a gerente de contas Cristina dos Santos, que passou a fazer compras nos “vencidinhos”.https://d00561ee4db873dd0a3faaa1f96f283a.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

A gerente imobiliária Laura da Silva, saiu de outro bairro em busca de um “vencidinho” na Vila Maria, na Zona Norte de São Paulo. “Estou achando formidável, tanto que entrei aqui só para comprar duas coisinhas que faltavam e estou saindo com o carrinho cheio”, afirma.

No local, o movimento triplicou durante a pandemia. Cada vez mais consumidores estão em busca de promoções.

“A gente sempre trabalha muito no preço, o preço vai mudando quando se aproxima do vencimento. No dia [que a validade do produto vence] é quase de graça, então às vezes tem até o cliente que fica esperando o dia da validade para pagar quase nada”, Erik Almeida, conferente da loja.

Em Vargem Grande Paulista, na Grande São Paulo, um supermercado que também trabalha com esse tipo de mercadoria também sentiu um aumento de clientes nos dois anos de pandemia.

“Nosso foco é 100% em produtos com data curta ou produtos de descontinuação, que a indústria não vai mais fazer. Tem vezes que o que não foi vendido na loja ou o que a indústria não conseguiu vender acaba caindo nas nossas mãos”, conta Glauber Rodrigues, dono do mercado.

Para o especialista Nelson Barrizelli da Fundação e Instituto de Administração (FIA), a solução é uma oportunidade para as pessoas que procuram produtos com vida curta.https://d00561ee4db873dd0a3faaa1f96f283a.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

“A pessoa mantém o seu hábito de consumo tradicional, o fabricante não recebe nada de volta e os varejistas não têm prejuízos. Todos ganham nesse processo”, afirma.

Fonte: G1

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