Operação em SP prende 233 agressores de mulheres; no total, eram 1,4 mil mandados de prisão
Operação em SP prende 233 agressores de mulheres; no total, eram 1,4 mil mandados de prisão
Ação aconteceu em meio a uma alta de casos de feminicídios. Um dos episódios recentes que chocaram foi o da mulher morta após ser atropelada e arrastada.
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Operação da Polícia Civil de São Paulo prendeu 233 agressores em todo o estado acusados de crimes de violência doméstica e familiar contra mulheres.
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Ao todo, eram cerca de 1,4 mil mandados expedidos pela Justiça, envolvendo diferentes formas de agressão, mas a maior parte era relacionada a descumprimento de medida protetiva.
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A iniciativa integra a estratégia do governo de São Paulo de enfrentamento à violência contra a mulher, unindo ações repressivas, prevenção e políticas públicas de proteção.

Operação em SP cumpre mais de 1,4 mil mandados de prisão contra agressores de mulheres
Uma operação da Polícia Civil de São Paulo, em uma ação coordenada com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo e a Secretaria de Políticas para a Mulher, prendeu nesta terça-feira (30) 233 agressores em todo o estado acusados de crimes de violência doméstica e familiar contra mulheres.
Ao todo, eram cerca de 1,4 mil mandados expedidos pela Justiça, envolvendo diferentes formas de agressão, mas a maior parte era relacionada a descumprimento de medida protetiva. As prisões começaram a ser feitas na noite de segunda (29).
A operação aconteceu em meio a uma alta de casos de feminicídios. Em 2025, a cidade de São Paulo registrou o maior número para um ano desde que a série histórica foi iniciada, em abril de 2015.
Um dos episódios recentes que chocaram e geraram forte repercussão foi o da mulher atropelada e arrastada por mais de um quilômetro na Marginal Tietê pelo ex-ficante. Ela teve as pernas amputadas e morreu após quase um mês internada.
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou neste mês um inquérito para apurar a possível falta de políticas públicas de combate à violência contra a mulher no estado de São Paulo, incluindo a redução de verbas para o setor.
Em entrevista à imprensa, o secretário da Segurança Pública, Osvaldo Nico, admitiu que os indicadores de feminicídio precisam baixar e afirmou que o combate à violência contra a mulher será prioridade da sua gestão.
Ele afirmou ainda que se trata de um crime “difícil de punir [porque] começa dentro de casa. Tem algumas fases que, se a polícia conseguir saber antes, vai ajudar muito”.
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Operação em SP cumpre mais de 1,4 mil mandados de prisão contra agressores de mulheres — Foto: Reprodução/TV Globo
Operação estratégica
A iniciativa integra a estratégia do governo de São Paulo de enfrentamento à violência contra a mulher, unindo ações repressivas, prevenção e políticas públicas de proteção.
A mobilização envolve todos os Departamentos de Polícia Judiciária do Interior e todas as seccionais do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, com atuação direta das Delegacias de Defesa da Mulher. Cerca de 1,7 mil policiais civis atuam na operação.
O objetivo é ampliar a segurança das mulheres, interromper ciclos de violência e assegurar o cumprimento rigoroso das decisões judiciais.
A ação conta com o apoio direto da Secretaria de Políticas para a Mulher.
A iniciativa SP Por Todas é um movimento do governo estadual voltado à ampliação da visibilidade das políticas públicas para mulheres que reúne ações como o aplicativo SP Mulher Segura, que conecta as vítimas diretamente às forças policiais, e a expansão das Delegacias de Defesa da Mulher com atendimento 24 horas.
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Operação cumpre mandados de prisão contra agressores de mulheres — Foto: Carol Ianelli/TV Globo
Fonte: G1

