Educação

Leite em pó doado pela Prefeitura de SP a alunos em situação de vulnerabilidade é vendido em grupos no Facebook

Prefeitura afirma que a comercialização do produto é crime e passível de punição. Decreto municipal proíbe a comercialização e troca desses produtos e pode até excluir os beneficiários do programa.


Redes sociais têm venda irregular de leite

Grupos em redes sociais anunciam venda irregular do leite em pó distribuído de graça pela Prefeitura de São Paulo para estudantes em situação de vulnerabilidade social. A Prefeitura afirma que a comercialização do produto é crime e passível de punição.

O produto do programa Leve Leite é comercializado por valores entre R$ 15 e R$ 40 em grupos no Facebook. Na tarde desta quarta-feira (27) a reportagem do g1 encontrou posts de pessoas procurando o produto.

Em um grupo, o administrador afirma que “o leite tem dono e o dono vende pelo preço que acha justo”. Geralmente, os posts na rede social já combinam pontos de encontro como estações de trem ou metrô.

Leite em pó do programa Leve Leite da Prefeitura de SP é comercializado em rede social — Foto: Reprodução/Facebook

Leite em pó do programa Leve Leite da Prefeitura de SP é comercializado em rede social — Foto: Reprodução/Facebook

Um decreto municipal proíbe a comercialização e troca desses produtos e pode até excluir os beneficiários do programa. O Leve Leite distribui leite em pó, mas também há disponibilidade de fórmula láctea para crianças de 4 a 12 meses.

O leite em pó ficou 9,86% mais caro no acumulado dos últimos 12 meses, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de junho. Já o preço do leite longa vida subiu 22% na prévia da inflação de julho e acumula alta de 57% no ano.

O item foi o que mais influenciou o avanço de 0,13% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) deste mês, que é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador mede a inflação oficial do país.

O que diz a Prefeitura de SP

Por meio de nota, a gestão municipal afirmou que “as denúncias acerca de comercialização, assim que recebidas, são encaminhadas para investigação policial”.

“A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), informa que o comércio de produtos do programa Leve Leite é proibido. O leite é distribuído exclusivamente para bebês e crianças em situação de vulnerabilidade ou que se encaixam em outros critérios do programa.”

Leia a íntegra da nota da Prefeitura de SP

“A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), informa que o comércio de produtos do programa Leve Leite é proibido. O leite é distribuído exclusivamente para bebês e crianças em situação de vulnerabilidade ou que se encaixam em outros critérios do programa. As denúncias acerca de comercialização, assim que recebidas, são encaminhadas para investigação policial.

O programa Leve Leite atende cerca de 320 mil crianças da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino. Para receber o benefício, as famílias devem estar inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais no município de São Paulo, o CadÚnico.

O programa atende ainda crianças com necessidades especiais, matriculadas até o 5º ano da Educação Fundamental e residentes no município. Para esse público a inscrição no CadÚnico não é obrigatória. A entrega da fórmula láctea para menores de um ano é feita todos os meses na própria creche. Para os demais, o leite em pó integral é entregue em casa pelos Correios, a cada quatro meses.

A SME possui uma página com informações e dúvidas sobre o programa: https://educacao.sme.prefeitura.sp.gov.br/codae/programa-leve-leite/.

A Carta de Serviços da Prefeitura de São Paulo, disponível no Portal SP 156, traz a ficha técnica detalhada dos serviços relacionados ao Programa Leve Leite, inclusive para denúncias de vendas ou desvio, que são encaminhadas ao órgão responsável para investigação”.

Fonte: G1

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