Educação

Estado de SP tem 81 obras atrasadas na área de educação, sendo 48 em escolas de ensino médio, diz TCE-SP

Jardim do Colégio São Paulo, na região central, virou depósito de lixo. Em Itapevi, na região metropolitana, escola tem salas de aula com goteiras que impedem aulas nos dias de chuva. No Capão Redondo, escola foi invadida e arrancaram portas e janelas.

Por SP2 — São Paulo

04/07/2022 21h12  Atualizado há uma semana


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Estado de SP tem 81 obras paradas ou atrasadas na área de educação

O estado de São Paulo tem atualmente 81 obras paradas ou atrasadas na área da educação, de acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP). A maioria delas está em escolas do ensino médio e, por isso, muitos alunos acabam convivendo com a falta de estrutura em meio ao ano letivo.

No total, são191 obras atrasadas em todo o estado, de acordo com o TCE-SP. Das 81 obras atrasadas ne área de educação, 48 são em escolas do nível médio atrasadas ou paralisadas. Oito delas estão na capital e uma em Itapevi, na região metropolitana de São Paulo.

A escola José Monteiro Boanova, no Alto da Lapa, Zona Oeste, tem uma obra contratada em 2016 para combater incêndios. O orçamento era de R$ 99 mil. O estado pagou R$ 41 mil e a obra está atrasada desde 2021.

Com 128 anos de história, a Escola Estadual São Paulo, ou Colégio São Paulo, na região central da capital, como é mais conhecido, já foi chamada de escola modelo de ensino público. Metade da sua estrutura está em condições precárias.

A quadra de esportes divide o terreno entre a parte que está funcionando e recebe cerca de 300 alunos do ensino médio e o lado que virou um prédio abandonado.

Um contorno na escola revela a única barreira contra invasão no local, feito por galhos de árvores. Pedaços das grades foram arrancados e roubados. O jardim virou matagal e depósito de lixo. Os funcionários preferem não falar sobre sobre a situação, que começou a se degradar em 2019, quando metade do prédio foi cedido à Polícia Militar.

A PM chegou a montar vigilância na escola, mas a preservação foi vencida pela depredação: portas e janelas foram levadas e ficaram só os buracos nas paredes pichadas.

Há cinco meses, a chuva interrompe as aulas em algumas salas da Escola Estadual Américo Valentin Cristianini, em Itapevi, na região metropolitana de São Paulo. Os próprios alunos registraram o problema (veja no vídeo).

O conserto não foi feito, mas o dinheiro foi gasto. Segundo o Tribunal de Contas do Estado, a reforma do telhado custaria quase R$ 120 mil. O estado pagou a uma construtora quase todo o valor, R$ 108 mil, mas a chuva dentro da sala continua.

Os funcionários da escola são proibidos de falar sobre a situação, mas imagens revelam que uma lona do tipo usada para cobrir piscinas foi improvisada no telhado. Já as telhas da quadra da escola caíram.

Outra escola na região do Capão Redondo, na Zona Sul da capital, nem faz mais parte da lista das escolas abandonadas. A Escola Jardim São Bento III está fechada desde 2020, quando começou a depredação. Os moradores pediram que ela fosse reformada, mas a escola acabou toda destruída.

O local sofre com o vandalismo desde 2019. Mais de 500 alunos foram transferidos. Não sobrou nada inteiro por dentro: o forro veio abaixo, vândalos arrancaram as portas e janelas e destruíram os banheiros e a administração, além de roubaram todo o sistema elétrico. No piso térreo, o pátio virou um amontoado de entulho e sujeira deixados pelos invasores.

Sobre o prédio abandonado no Capão Redondo, a Secretaria Estadual de Educação disse, em nota, que vai demolir o local para fazer a reconstrução da escola. As obras devem começar até o fim do mês.

Em relação as chuvas nas salas de aula em Itapevi, o estado e a direção da escola vão fazer uma reunião na terça-feira (5) para discutir sobre as obras no prédio da escola.

Já sobre Colégio São Paulo, o estado afirmou que um prédio segue com atividades escolares normais e o outro bloco está em processo para ser cedido, mas a secretaria não deu mais detalhes sobre essa cessão.

Fonte: G1

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