Alunos da Santa Casa de SP fazem manifestação após denúncias de irregularidades contra integrantes da fundação mantenedora da instituição


Ato de alunos da Santa Casa de SP ocorreu na manhã desta terça-feira (14), em frente à Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho (FAVC) — Foto: Arquivo pessoal

Ato de alunos da Santa Casa de SP ocorreu na manhã desta terça-feira (14), em frente à Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho (FAVC) — Foto: Arquivo pessoal

Alunos da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo fizeram uma manifestação na manhã desta terça-feira (14), em frente à Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho (FAVC), em São Paulo, após denúncias de irregularidades envolvendo integrantes da fundação mantenedora da instituição de ensino superior. Entre as denúncias, está a de desvio de dinheiro para fins pessoais.

Os estudantes pedem o afastamento imediato do atual presidente do Conselho Curador da fundação, o advogado e ex-deputado estadual Antonio Cleidenir Ramos, conhecido como Tonico Ramos. Ele é apontado como principal alvo das acusações.

A Fundação informou ao g1 que o conselho e a presidência se reuniram nesta terça-feira (14).

“Acusamos o recebimento da Portaria Ministerial e no âmbito da Fundação serão tomadas às providências previstas no Código de Ética e Conduta , com a instauração imediata de procedimentos administrativos investigatórios e demais providências cabíveis que se fizerem necessárias para plena elucidação dos fatos “, diz nota.

Em nota, o Ministério Público do Estado de São Paulo informou que recebeu uma representação encaminhada ao órgão no último dia 3. Segundo o MP-SP, o documento está em análise.

Ato de alunos da Santa Casa de SP ocorreu na manhã desta terça-feira (14), em frente à Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho (FAVC) — Foto: Arquivo pessoal

Ato de alunos da Santa Casa de SP ocorreu na manhã desta terça-feira (14), em frente à Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho (FAVC) — Foto: Arquivo pessoal

Denúncias

 

g1 teve acesso à representação endereçada para o Procurador Geral de Justiça de São Paulo, o Doutor Mário Sarrubbo. No documento, são relatadas acusações de assédio, ameaças e chantagens sofridas por empregados da fundaçãoTodas são designadas a Tonico Ramos, atual presidente do Conselho Curador da fundação Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho (FAVC).

Por meio de sua assessoria de imprensa, Tonico Ramos falará com os jornalistas na quarta-feira (15).

Além disso, também são apresentadas contra Tonico denúncias de uso indevido de cartão de crédito e gastos exorbitantes com refeições, bebidas e serviços pagos pela fundaçãoConfira, abaixo, uma dessas situações narrada no documento:

“No dia 01 de setembro de 2022 o senhor Tonico Ramos organizou e ofereceu um jantar para cerca de vinte pessoas em sua residência, ou seja, local onde mora com sua família, custeado com dinheiro da fundação”, diz a representação enviada à Justiça de São Paulo.

 

Uma outra acusação ainda aponta o uso de recursos da fundação em campanhas eleitorais para beneficiar dois apadrinhados políticos, ambos candidatos a deputado estadual e da relação pessoal de Tonico Ramos.

O responsável pela representação é o Coronel da Reserva da Policia Militar e atual membro do Conselho Fiscal da FAVC, Raugeston Benedito Bizarria Dias. Segundo o autor, as manobras de Tonico Ramos “têm causado prejuízos aos cofres da entidade”.

 

É solicitado à Justiça, que após a averiguação das condutas e responsabilidades de cada uma das pessoas citadas, e de outras que por acaso sujam na apuração, sejam adotadas as medidas cabíveis, de formas coercitivas e reparatórias aos cofres da FAVC.

Nota Centro Acadêmico Manoel de Abreu

 

Por meio de nota publicada na última sexta-feira (10), o Centro Acadêmico Manoel de Abreu, entidade de representação estudantil dos alunos e das alunas da Graduação em medicina, fonoaudiologia e enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, ressaltaram indignação frente às denúncias apresentadas contra os membros.

“Há de se ressaltar que quaisquer denúncias que envolvam suposta apropriação indébita de capital, bem como uso de suas atribuições para fins pessoais, inaceitáveis por si só, tornam-se ainda mais agravadas aos olhos do corpo discente por se tratar de uma instituição privada e tradicional”, afirmou o Conselho em nota.

Fonte: G1

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