Professores da rede pública mantêm greve; paralisação dura nove dias
Professores da rede pública mantêm greve; paralisação dura nove dias
Decisão foi tomada em assembleia realizada nesta terça-feira (10); das 713 escolas públicas, 102 aderiram ao movimento de forma integral.
Por Carinne Souza, Letícia Sena, g1 DF
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Professores fazem manifestação em frente ao Palácio Buriti — Foto: Leticia Sena/g1 DF
Os professores da rede pública do Distrito Federal decidiram, durante assembleia nesta terça-feira (10), manter a greve. A paralisação dos servidores teve início na primeira segunda-feira de junho e dura nove dias.
Após assembleia, que ocorreu na região central de Brasília, os professores seguiram em manifestação até o Palácio do Buriti. Durante a marcha, os servidores fecharam as seis faixas de uma das pistas do Eixo Monumental, interrompendo o trânsito no local.
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Professores fecham Eixo Monumental durante manifestação — Foto: TV Globo/Globocop
📌 De acordo com a Secretaria de Educação do Distrito Federal, das 713 escolas públicas, 102 aderiram ao movimento de forma integral. As demais seguem funcionando de forma parcial, com adesão de alguns servidores ao movimento.
Em nota, a pasta informou que acompanha o movimento dos profissionais da educação com atenção e que não deve se posicionar até o fim da greve.
“A prioridade da Pasta continua sendo a garantia do direito à educação e a manutenção do diálogo com responsabilidade”, afirmou a Secretaria de Educação.

Professores do DF fazem manifestação
Professores manifestam em Brasília
Professores e servidores da educação pública do DF seu reuniram em assembleia organizada pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) em frente à Funarte, na região central de Brasília, na manhã desta terça.
Após a concentração, os manifestantes caminharam até o Palácio do Buriti (veja no vídeo acima), sede do governo do Distrito Federal (GDF) para manifestar contra a falta de acordo com o governador Ibaneis Rocha (MDB).
A marcha dos servidores fechou um dos lados do Eixo Monumental e bloqueou o trânsito no local. Após a interceptação da via, a Secretaria de Economia do DF propôs aos grevistas uma nova mesa de conciliação para discutir a greve e desobstruir o trânsito.
Por volta das 13h, a comissão do Sinpro entrou para o Palácio do Buriti para tratativas com a chefe do gabinete da Secretaria de Economia, Ledamar Sousa Resende e o trânsito no local foi liberado.
De acordo com os professores que participam do movimento, os acordos propostos pelo GDF na última semana foram insuficientes em relação às reivindicações da categoria (entenda mais abaixo). Uma nova assembleia está marcada para a próxima segunda-feira (16).
Sindicato teve reunião com GDF mas não chegou a acordo
Na última semana, no quarto dia de greve, o sindicato dos professores se reuniu com membros do GDF na tentativa de chegarem a um acordo sobre a paralisação.
O encontro ocorreu na quinta-feira (5) e reuniu a Casa Civil, a Secretaria de Educação e membros do Sinpro-DF. A mesa de conciliação, no entanto, não chegou a um acordo e os servidores decidiram manter a paralisação.
A Justiça do Distrito Federal considerou a greve ilegal e uma decisão proferida pela desembargadora Lucimeire Maria da Silva chegou a impor multa de R$ 1 milhão por dia ao sindicato pela paralisação. Além disso, o TJDFT autorizou o corte de ponto dos professores que aderirem à paralisação.
Após a determinação, o Sinpro recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão. O ministro Flávio Dino acatou o pedido do sindicato e derrubou a multa imposta pelo TJDFT. O magistrado, contudo, manteve a determinação de fim imediato da greve e o corte do ponto dos grevistas.
Professores pedem reestruturação da carreira e aumento salarial
Entre as reivindicações dos professores está a reestruturação da carreira, com o objetivo de aumentar o salário base da categoria. Segundo o Sinpro-DF, a proposta é dobrar o vencimento-base.
Os profissionais também pedem:
- A possibilidade de professores contratados temporariamente, quando efetivados, utilizarem o tempo de serviço para enquadramento nos padrões (etapas a serem cumpridas para obter aumento salarial);
- Ampliação do percentual de aumento a cada mudança do padrão;
- Valorização da progressão horizontal (especialização, mestrado e doutorado) a partir da ampliação dos percentuais de aumento salarial.
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Fonte: G1