Governo de SP dispensa mães de alunos que integravam Bolsa do Povo Educação desde 2021

As vagas eram criadas nas escolas dos filhos, em tarefas como busca ativa de alunos ou suporte geral nas unidades. A bolsa auxílio era paga durante seis meses, por quatro horas diárias de trabalho.

Os selecionados pelo programa fizeram um curso de capacitação para trabalhar nas escolas. Em muitos casos, o período de seis meses foi renovado, até mais de uma vez. Eles nunca souberam por quanto tempo o programa continuaria e, no começo de fevereiro, os diretores das escolas dispensaram-nos.

Em 2021, 13 mil pais participaram do programa, e a expectativa era a de que, no ano passado, o número subisse para 20 mil.

Edineia Gimenes fazia parte do programa e conta que ainda não recebeu o pagamento pelos dias trabalhados em janeiro. “Eu perguntei se a gente ia receber, a gente trabalhou até o dia 31 de janeiro, o mês todo. E eles falaram que iríamos. Como a gente recebia todo dia 20, quando foi dia 20 de fevereiro, fui no banco, e até hoje a gente não recebeu nada.”

Outra mãe que ganhava o Bolsa do Povo, Patrícia Nieto diz ter recebido, mas não do estado. “A minha diretora, não sei se ela vai ser ressarcida. Ela tirou do bolso dela para me pagar.“

No ano passado, mães que participavam do programa já se queixavam de problemas para receber a bolsa auxílio.

Um comunicado enviado pelas Diretorias Regionais de Ensino aos diretores de escolas informou que que o programa estava em análise, devendo aguardar novas orientações. E que as atividades estavam suspensas e não deveria haver atuação na unidade escolar.