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Viúva diz que soldador ameaçou seu marido após discussão por R$ 150; assassino fugiu após queimar vítima na Grande SP


Chefe é investigado por atear fogo e matar marido de funcionário em Mauá

Chefe é investigado por atear fogo e matar marido de funcionário em Mauá

soldador que ateou fogo e matou um homem, na última sexta-feira (24), em Mauá, Grande São Paulo, o ameaçou um dia antes do crime após discussão por causa de R$ 150, disse a viúva da vítima à reportagem. Vídeo que circula nas redes sociais mostra o que aconteceu (veja acima).

A mulher, que tem 39 anos, aceitou falar sob a condição de não ter o rosto e nome divulgados. Ela contou que na quinta-feira (23) passada seu marido, Fabricio Alves de Araújo, 45 anos, foi defendê-la dos insultos do agressor, Celso Edgar da Silva, de 29.

Segundo a esposa da vítima, ela e Celso trabalham na mesma empresa, uma oficina automotiva, na Rua Giusepe Pedote, no Parque Boa Esperança. A viúva atua no departamento administrativo e é responsável pelo pagamento dos funcionários.

Ela disse que Celso reclamou que estava faltando R$ 150 que o dono da empresa havia lhe prometido além do salário que ele já recebia por ter feito um serviço extra. Como não foi avisada desse acordo, a mulher falou que fez o pagamento ao soldador sem esse valor, o que, segundo ela, revoltou o empregado que ficou agressivo.

Depois disso, a funcionária disse que passou a ser hostilizada por Celso. Segundo ela, quando Fabrício foi buscá-la com seu carro na oficina, o soldador começou a xingá-la. Seu marido então bateu boca com Celso e os dois discutiram.

Segundo a esposa, Celso disse a Fabricio: ‘”Amanhã você vai ver. Amanhã você vai levar ela'”, disse a mulher, se referindo ao fato de o marido sempre levá-la de carro até o trabalho.

 

Na sexta, quando Fabrício levou a esposa até o serviço, Celso o aguardava. Vídeo gravado por uma câmera de segurança mostra o momento que o soldador sai do seu Volkswagen Golf preto, e caminha até o veículo da vítima, um Renault Sandero prata. Os dois veículos estavam estacionados na rua.

Em seguida, segundo contou a mulher, Celso jogou um líquido inflamável em Fabrício e ateou fogo. A vítima ainda saiu do carro, com o corpo em chamas, tentando pedir ajuda. O soldador fugiu sem prestar socorro.

Fabrício chegou a ser levado para o Hospital Nardini, mas não resistiu aos ferimentos e morreu com 80% de queimaduras pelo corpo. O caso foi registrado como homicídio doloso (aquele no qual há a intenção de matar) qualificado por motivo fútil, emprego de fogo e emboscada sem dar chance de defesa à vítima.

Após isso, o 3º Distrito Policial (DP)pediu a prisão temporária de Celso à Justiça, segundo informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP). A pasta foi procurada nesta segunda-feira (27) para comentar o assunto, mas não confirmou se prisão foi decretada.

Inicialmente a prefeitura de Mauá havia informado que Celso era chefe da esposa de Fabrício. A administração também havia dito que era a esposa da vítima que estava cobrando dinheiro da oficina.

Mas a mulher negou essas informações preliminares à reportagem, dizendo que o agressor é na verdade funcionário da oficina como ela. O verdadeiro proprietário não foi localizado para comentar o assunto. A defesa do soldador também não foi encontrada.

Fabrício deixou dois filhos que teve com a esposa. Ele estava desempregado e iria começar a trabalhar num novo emprego como empilhador nesta semana.

Vítima foi atacada quando estava dentro do carro em Mauá — Foto: Reprodução
Vítima foi atacada quando estava dentro do carro em Mauá — Foto: Reprodução
Fonte: G1

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