Carnaval 2023: sete circuitos de megablocos terão revista policial em SP; 100 mil gradis serão colocados

No pré-carnaval, dias 11 e 12 de fevereiro, os desfiles devem arrastar para as ruas cerca de 15 milhões de pessoas, segundo prefeitura.


O bloco do cantor Bell Marques arrastou milhares de foliões neste sábado(29), na região do Parque do Ibirapuera, em 2020 — Foto: Marcelo Chello/Estadão Conteúdo

O bloco do cantor Bell Marques arrastou milhares de foliões neste sábado(29), na região do Parque do Ibirapuera, em 2020 — Foto: Marcelo Chello/Estadão Conteúdo

Sete circuitos de megablocos terão revista policial no carnaval deste ano em São Paulo, segundo informou a Polícia Militar. Para revistar os foliões, serão colocadas 100 mil gradis e 48 quilômetros de tapumes.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, os circuitos que vão receber o esquema de segurança serão nas avenidas: Luis Dumont Vilares, Marquês de São Vicente, Henrique Schauman, Faria Lima, Laguna, Largo da Matriz e região do Ibirapuera.

A Guarda Civil Metropolitana também vai apoiar com fiscalizações e buscas durante os blocos.

“A cada edição do carnaval de rua de São Paulo, a polícia e demais órgãos vão acumulando boas experiência e práticas. A ideia é que este carnaval seja melhor que os outros com aprimoramento de segurança, fiscalização, abordagem e revista antes dos blocos. Isso tudo está sendo tratado numa ampla reunião que envolve a PM, Prefeitura, CET, Guarda Metropolitana”, afirmou o capitão da PM Felipe, em entrevista à TV Globo.

Revista policial nos blocos de Carnaval de SP

Para José Cury, coordenador do Fórum Aberto dos Blocos de Carnaval de SP, o carnaval de rua é mais espontâneo do que lugares onde pessoas passam por portarias para revista.

“Carnaval de rua deveria ser mais livre do que esse procedimento. Está tendo desencontro de blocos que não chamam tanta gente, sem problema de segurança, com essa nova filosofia de cercar áreas e fazer revistas mais intensas. Se é bom para o carnaval, vamos descobrir nesse carnaval porque não é um modelo muito usado”, diz.

Mais de 500 desfiles

Coletiva da Prefeitura de SP sobre carnaval de rua nesta quinta-feira (2) — Foto: Gustavo Honório/g1

A cidade de São Paulo terá mais de 500 desfiles de blocos durante o carnaval de rua deste ano, segundo anunciou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) na última quinta-feira (2). Entre as ações planejadas pela prefeitura foi destacada a ampliação do rol de crimes na delegacia eletrônica.

Segundo Nunes, 512 desfiles foram autorizados. O pré-carnaval será nos dias 11 e 12 de fevereiro. Os desfiles devem arrastar para as ruas cerca de 15 milhões de pessoas, segundo estimativa da prefeitura. Já os megablocos devem receber 40 mil pessoas.

O delegado geral da Polícia Civil, Artur Dian, afirmou que as delegacias móveis estarão em pontos-chave para emergência e haverá reforço nos plantões em delegacias de bairro. Além disso, o rol de crimes sexuais, preconceito e de intolerância será ampliado na delegacia eletrônica.

“Nós estamos ampliando o rol de crimes a serem relatados na delegacia eletrônica. Nós estamos ampliando o rol dos crimes de preconceito, violência sexual, diversidade sexual, gênero e segurança. Então, esses crimes já vão estar elencados lá e qualquer vítima que se sentir lesada vai poder elaborar o boletim de ocorrência na nossa delegacia eletrônica com toda privacidade e atendimento do pessoal que vai estar de plantão”.

Questionado pelo g1, Artur afirmou que essa ação vai continuar após o carnaval.

“Aproveitamos essa época para lançar isso, vai perdurar como rol de crimes na delegacia eletrônica para qualquer cidadão, a qualquer momento. Os crimes ainda não estavam previstos porque a gente estava implantando outros crimes. Começamos com crimes contra o patrimônio, estava na implantação, só por isso. Motivo técnico”.

“Vamos ter delegado de plantão no DHPP também na nossa delegacia de crimes de intolerância, então, se precisar presencialmente pra crimes mais graves, o DHPP vai estar de plantão também na delegacia de crimes de intolerância à disposição também do público para crimes que a gente julgar mais graves, um eventual flagrante”, ressaltou.

Ainda conforme o delegado, os departamentos especializados estarão também de plantão para crimes que acontecem normalmente.

“Quando a gente encontra um grande número de pessoas, que é o Denarc, que diz respeito ao crime de entorpecente, tráfico, vai estar à disposição tanto na localidade dos blocos quanto no departamento para eventuais necessidades, e o DEIC, para crimes contra o patrimônio”.

Alexandre Prates, coordenador operacional da PM, afirmou que, além da capital, haverá policiamento rodoviário estadual realizando fiscalizações tanto na entrada quanto na saída da cidade de São Paulo.

“Existe uma determinação do nosso comandante geral pra que nós trabalhássemos com força total em todo o período do carnaval”.

Saúde

O secretário de Saúde, Luiz Carlos Zamarco, afirmou que haverá disponibilização de leitos de observação, leitos de emergência, além de 20 postos de saúde (3 fixos) que vão acompanhar os megablocos.

“Serão 100 ambulâncias, 80 têm suporte básico para transporte e 20 com suporte avançado para casos graves. Além das ambulâncias fixas, nós contratamos 600 diárias de ambulância, 500 básicas e 100 de suporte avançado para atender a todos os blocos menores que tão distribuídos pela cidade”.

Limpeza pública

A meta da prefeitura é de que 50% de todo material retirado das ruas seja reciclado. “Meta ousada, estamos bem organizados. Transformar o carnaval em oportunidade de geração de renda para cooperativas. Acabou o carnaval nós precisamos devolver as ruas limpas da cidade”, diz Alexandre Modonezi, secretário municipal de subprefeituras.

Prefeitura de SP anuncia ações para carnaval de rua 2023 — Foto: Gustavo Honório/g1

Fonte: G1

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