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Inquérito de morte em campanha de Tarcísio.

Inquérito de morte em campanha de Tarcísio em Paraisópolis é concluído sem identificar de qual arma partiram os tiros

Polícia havia informado que soldado do serviço reservado da PM era apontado como responsável pelos tiros que mataram Felipe Silva de Lima, de 27 anos, mas investigadores alegam que testes balísticos não comprovaram autoria.


Veja o momento em que tiros interrompem agenda de Tarcísio em SP

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu o inquérito sobre a morte de um homem em Paraisópolis, na Zona sul de São Paulo, durante uma agenda de campanha do então candidato ao governo de paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em outubro do ano passado.

Os investigadores afirmam que não foi possível descobrir de qual arma partiram os tiros que mataram Felipe Silva de Lima, de 27 anos.

Um soldado do serviço reservado da PM era apontado como responsável pelos disparos que mataram Felipe Silva de Lima, de 27 anos, mas investigadores alegam que testes balísticos não comprovaram qual arma foi utilizada. Ele reforçava o policiamento da região por causa da visita de Tarcísio à comunidade.

O relatório final segue para a Justiça e o Ministério Público. A promotoria pode pedir mais diligências, oferecer denúncia ou propor o arquivamento.

Segundo a polícia, Felipe Silva de Lima, foi morto durante tiroteio em Paraisópolis, na Zona Sul de SP, na manhã desta segunda (17) — Foto: Reprodução/Polícia Civil

Segundo a polícia, Felipe Silva de Lima, foi morto durante tiroteio em Paraisópolis, na Zona Sul de SP, na manhã desta segunda (17) — Foto: Reprodução/Polícia Civil

No relatório final da investigação, o delegado Rodrigo Borges Petrilli escreve que “a pistola Taurus, calibre .40, utilizada pelo policial militar Henrique Gama dos Santos, e o fuzil Imbel, calibre 5,5, utilizado pelo policial militar Ronald Quintino Correia Camacho, foram apreendidos e encaminhados a exame pericial, juntamente com os elementos balísticos apreendidos no local”.

O delegado completa dizendo que “os elementos balísticos apreendidos não apresentavam características individualizadoras suficientes que permitissem ao perito chegar a um resultado conclusivo”.

No documento, o DHPP aponta ainda que “ao menos oito armas foram utilizadas para disparar contra os policiais”.

Por fim, diz que “investigadores, com base nas imagens obtidas, tentaram identificar os demais indivíduos que participaram da ação criminosa e os veículos por eles utilizados, porém sem êxito, tampouco obteve-se sucesso na identificação de outras testemunhas presenciais”.

MP e ouvidoria

No final do ano passado, o Grupo Tortura Nunca Mais pediu para o MP e a Ouvidoria de Polícia acompanharem as investigações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Em ofício enviado ao então ouvidor, o grupo avalia que o tiroteio, que chegou a ser tratado como intimidação e até atentado, tinha indícios de ser uma “execução”.

Investigação

O tiroteio durante a agenda era investigado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

Segundo informado pela polícia à época, a presença de motociclistas suspeitos armados no entorno do prédio onde estava o candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) gerou o tiroteio na comunidade.

Homens aparentemente armados em Paraisópolis; Tarcísio de Freitas cumpriu agenda na região — Foto: Reprodução

Homens aparentemente armados em Paraisópolis; Tarcísio de Freitas cumpriu agenda na região — Foto: Reprodução

Ainda conforme o DHPP, quatro policiais à paisana que trabalhavam na segurança do candidato perceberam a movimentação e se sentiram acuados, na medida em que outros motociclistas também começaram a rondar o prédio.

A troca de armas entre os suspeitos teria sido observada pelos seguranças que estavam na rua onde acontecia o evento do candidato.

A repercussão do caso foi ampliada após reportagem do jornal Folha de S.Paulo, divulgar um áudio no qual um membro da campanha de Tarcísio pedia para um cinegrafista da Jovem Pan apagar o registro em vídeo feito do tiroteio.

Na gravação, o integrante da campanha de Tarcísio pergunta se o cinegrafista filmou os policiais atirando. Ele responde que não fez imagens da troca de tiros, mas registrou “a PM atirando contra os caras”.

Na sequência, o membro da campanha pergunta se ele teria filmado as pessoas que estavam no local onde ocorreu a agenda e afirma: “Você tem que apagar”.

Fonte: G1

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