Edson Dorta defende fim de vestibular para universidades de SP e diz que vai cortar de banqueiros ‘sangria do dinheiro público’

Candidato do PCO ao governo de São Paulo participou de série de entrevistas do g1 com 20 minutos gravados sem corte em 26 de agosto. No evento, abordou também reestatização de empresas e o fim de contratos com concessionárias nas rodovias. Candidatura foi indeferida no TRE e cabe recurso ao TSE.


Veja íntegra da entrevista do candidato ao governo de SP Edson Dorta PCO ao g1

Edson Dorta, candidato ao governo de São Paulo pelo Partido da Causa Operária (PCO), falou sobre suas propostas em entrevista ao g1. A participação do candidato na série foi gravada no dia 26 de agosto e exibida pela primeira vez nesta terça-feira (6).

Na segunda-feira (5), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) indeferiu, por unanimidade, o pedido de registro de candidatura de Dorta como candidato a governador e Lílian Cristina Miranda como candidata a vice-governadora. Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Durante a sabatina com o repórter da TV Globo Walace Lara, por 20 minutos, em gravação sem cortes, o candidato afirmou que o estado não se coloca na situação de que tem o dever de organizar e investir na educação pública e, por isso, diz que defende o fim dos vestibulares nas universidades públicas do estado de São Paulo.

Edson Dorta, candidato ao governo de SP pelo PCO — Foto: Celso Tavares/g1

Edson Dorta, candidato ao governo de SP pelo PCO — Foto: Celso Tavares/g1

“A política é ajudar o sistema de educação privada. Somos a favor do fim do vestibular, que impede que a população pobre chegue na universidade. As universidades paulistas não teriam mais vestibular e construiríamos mais universidades”, afirma.

“No ensino primário, hoje, qualquer pessoa que quer colocar uma criança na escola, o estado tem que arrumar vaga. Teria que ser assim com a faculdade.”

O candidato afirmou também que os grandes problemas sociais das cidades, como falta de moradia e poluição nos rios, ocorrem pelo fato de o orçamento público ser destinado aos banqueiros.

Edson Dorta, candidato ao governo de São Paulo pelo PCO — Foto: Celso Tavares/g1

Edson Dorta, candidato ao governo de São Paulo pelo PCO — Foto: Celso Tavares/g1

“O dinheiro público não vai para esse serviço. Ele vai para os banqueiros. Hoje os bancos ficam com 50% dos recursos. Para resolver problemas, é dar calote nos bancos, que consomem boa parte do dinheiro público e, por isso, não resolve nenhum problema. Ninguém fala desse assunto, que os banqueiros têm que parar de sangrar o dinheiro público. Nós precisamos, para desenvolver qualquer prefeitura e estado, é cortar essa sangria.”

Sobre moradia, afirmou que o déficit habitacional “é decorrente da especulação imobiliária que transformou as cidades em verdadeiras minas de dinheiro”. “Achamos que o Estado tem que intervir construindo casas para a população e cortando o controle político que a especulação imobiliária tem. Conjuntos habitacionais são quase uma obrigação do Estado”, completou.

O plano de governo de Edson Dorta também defende a reestatização de empresas. “O Estado tem que recuperar essa empresa para controle total, através do controle popular. As empresas que estão sendo privatizadas não dão prejuízo, poderiam dar mais rendimento.”

Outro ponto defendido é pelo fim dos contratos com concessionárias que administram rodovias em São Paulo.

“Pedágio é uma roubalheira. Estado construiu a estrada com dinheiro público. Aí você pega dinheiro do povo e dá para a concessionária faturar para passar por uma estrada que ele [povo] pagou. Tentaríamos romper esses contratos. Ninguém tem controle do que essas concessionárias recebem desses pedágios. Estrada virou negócio milionário.”

Fonte: G1

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