Saúde

Prefeitura de SP divulga medidas de combate à varíola dos macacos em escolas municipais e estabelecimentos comerciais

Uma das orientações é que, em escolas, em caso de suspeita da doença, seja pedido aos pais que levem a criança ao serviço de saúde.


Imagem de pessoa infectada pela varíola dos macacos — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Imagem de pessoa infectada pela varíola dos macacos — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A Prefeitura de São Paulo divulgou nesta quarta-feira (24) um conjunto de medidas para a prevenção e o controle da monkeypox, ou varíola dos macacos, em escolas municipais, restaurantes, supermercados, salões de beleza, academias, hotéis e motéis.

A recomendação é a de que sejam reforçadas as medidas já adotadas durante a pandemia de Covid-19, como higienização frequente de superfícies, disponibilização de recipientes abastecidos com álcool em gel 70% ou de pias com água e sabão para a lavagem das mãos.

Recomendações em escolas:

  • Lavar sempre as mãos e usar álcool em gel 70%;
  • Não compartilhar objetos pessoais;
  • Manter os ambientes ventilados;
  • Todos os maiores de 2 anos de idade devem usar máscara;
  • Em um caso suspeito, a escola tem que pedir aos pais que levem a criança, imediatamente, ao serviço de saúde;
  • A escola deve ainda informar a Unidade Básica de Saúde mais próxima;
  • Pessoas com a doença devem ser isoladas por, no mínimo, 21 dias.

Recomendações em estabelecimentos:

  • Evitar contato íntimo, como beijar, abraçar ou manter relações sexuais com pessoas que tenham erupções cutâneas e/ou que tenham tido diagnóstico confirmado para monkeypox;
  • Usar máscara (cobrindo boca e nariz) para proteção contra gotículas e saliva;
  • Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, brinquedos objetos de uso pessoal;
  • Higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool em gel.

O boletim mais recente divulgado Ministério da Saúde mostra que o Brasil é o terceiro país do mundo com mais casos de varíola dos macacos, a maioria deles em São Paulo.

Com 2.528 confirmações da doença, o estado de São Paulo concentra quase 65% dos registros no país. Só na capital, são 1.880 casos confirmados. Há outros 689 suspeitos e sob análise.

Luiz Carlos Samarco, secretário municipal da Saúde, afirmou que os protocolos definidos são os mesmos já utilizados no combate à Covid-19. “Continuamos utilizando porque nós ainda estamos em pandemia. Então, que os estabelecimentos após a utilização, façam uma higiene nos salões de beleza, nos restaurantes, que tenha higienização nas mesas com álcool, disponibilizar álccol em gel para os clientes. São protocolos que já eram utilizados para a Covid, nós só reforçamos para que não diminuam os cuidados que já estávamos tomando até o momento.”

Plano estadual

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No começo de agosto, os secretários estaduais Jean Gorinchteyn, da Saúde, e David Uip, de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, anunciaram as medidas de combate à varíola dos macacos no estado de São Paulo.

O plano de enfrentamento da doença terá 93 hospitais de retaguarda, uma rede credenciada de laboratórios para testagem e vigilância genômica e serviço de orientação 24 horas para profissionais de saúde. Além disso, foram definidos protocolos de diagnóstico e assistência (veja detalhes abaixo).

Os secretários também anunciaram a criação de um ‘Centro de Controle e Integração’, que irá assessorar as ações do governo no combate à varíola dos macacos, projetar os cenários epidemiológicos, propor medidas e identificar oportunidades para o desenvolvimento de vacinas e tratamentos.

Além de Gorinchteyn e Uip, fazem parte do Centro, por exemplo, Dimas Covas, Esper Kallas, João Gabbardo e Regiane de Paula. O grupo é formado por 24 profissionais de diversas áreas, entre cientistas, epidemiologistas, virologistas, infectologistas e professores universitários.

Veja os principais pontos do protocolo assistencial de SP:

  • Paciente com sintomas chega a UBS, consultório ou hospital;
  • Caso é definido como suspeito, provável ou confirmado;
  • Paciente suspeito faz PCR;
  • Mesmo sem a confirmação, paciente suspeito e contactantes já são orientados para realizar isolamento;
  • Em caso confirmado, notificação ao estado é compulsória e deve ser feita em até 24 horas da confirmação;
  • Em casos leves, o isolamento é domiciliar, e, em graves, hospitalar;
  • O caso confirmado e os contactantes serão monitorados uma vez por dia, por telefone, por 21 dias.

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Fonte: G1

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