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Prefeitura de SP é autorizada a ampliar Faixa azul exclusiva para motos

Pedido foi feito à Secretaria Nacional de Trânsito e liberação publicada no Diário Oficial da União desta segunda (6). Projeto será instalado nas avenidas Santos Dumont, Tiradentes, Prestes Maia, Ruben Berta e Bandeirantes.


Faixa azul exclusiva para motos na Av. 23 de Maio, instalada em janeiro de 2022 — Foto: Celso Tavares/g1

Faixa azul exclusiva para motos na Av. 23 de Maio, instalada em janeiro de 2022 — Foto: Celso Tavares/g1

A Prefeitura de São Paulo foi autorizada pela Secretaria Nacional de Trânsito, a ampliar a faixa azul exclusiva para motos, instalada na Av. 23 de Maio em janeiro deste ano, para as avenidas Santos Dumont, Tiradentes, Prestes Maia, Ruben Berta e Bandeirantes

No final de julho, a Câmara Temática decidiu pela expansão do projeto. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (8). A liberação é em caráter experimental e tem validade por um ano.

A Prefeitura de São Paulo alega que a medida reduziu mortes e acidentes desde que foi implementada.

Em maio, três meses após o começo da operação da faixa azul, a administração municipal disse que os congestionamentos caíram cerca de 35% em relação ao mesmo período de 2019, antes da pandemia.

Segundo o estudo, nesse período não houve nenhum acidente grave ou mortes na avenida após a implantação da faixa.

Segundo a Prefeitura, nos três primeiros meses deste ano, a lentidão no trânsito caiu 5,5% porque as motos não ficam mais mudando constantemente de faixa após a implantação da faixa exclusiva.

Histórico

A experiência de anos anteriores foi diferente deste de 2022. O uso de motofaixas já foi desaconselhado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), órgão da gestão municipal responsável pelo controle do trânsito da cidade, em boletim técnico de 2018.

A prefeitura já havia tentado, em outras duas ocasiões, manter motofaixas no Centro e na Zona Sul da capital, mas a iniciativa não deu certo e ambas as faixas foram extintas em 2013.

Na época, o Executivo municipal anunciou que tinha desistido oficialmente das motofaixas porque, ao contrário do esperado, o número de acidentes envolvendo motos aumentou em decorrência das faixas de tráfego.

Segundo o estudo da CET de 2018, com base em números decorrentes das duas ciclofaixas aplicadas na cidade à época, “os dados de acidentes demonstram que, a despeito de todos os esforços, não foram alcançados os patamares mínimos de segurança na circulação dos motociclistas e dos demais usuários das vias onde foram implantadas as faixas exclusivas de motocicletas. Ao contrário do esperado, tais vias apresentaram elevação dos números de acidentes, mesmo quando o resto da cidade apresentava reduções tanto do número de ocorrências e vítimas geradas”, escreveram os técnicos.

Sobre o uso de uma faixa entre os corredores de carros, espaço usado pelos motociclistas atualmente, a CET dizia que a circulação entre faixas é que causa os acidentes.

“Circular entre faixas, em elevada velocidade, como visto na caracterização dos acidentes anteriormente abordada, é uma das principais causas de acidentes graves envolvendo motocicletas (…). De maneira geral, o que se observa é que, trafegar entre as faixas veiculares, em velocidades elevadas ou inadequadas à condição de fragilidade em que se encontra o próprio motociclista, sem proteção para o corpo além dos EPIs, muitas vezes sequer utilizados, eleva exponencialmente gravidade dos acidentes envolvendo motocicletas”, afirmaram os técnicos da CET no documento.

Fonte: G1

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