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Procurador que agrediu a chefe é preso em São Paulo

Demétrius Oliveira de Macedo estava em clínica psiquiátrica de Itapecerica da Serra. Três mulheres cumpriram o mandado de prisão contra o procurador.


Procurador que agrediu a chefe é preso em São Paulo

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Procurador que agrediu a chefe é preso em São Paulo

Está preso o procurador Demétrius Oliveira de Macedo, que espancou a chefe dele, a procuradora-geral de Registro, no interior paulista.

A Polícia Civil prendeu Demétrius Oliveira de Macedo, no início da manhã, em uma clínica psiquiátrica em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, e disse que a família o internou.

“Ele ia passar em uma consulta, mas o próprio o médico viu que ele estava bem e logo liberou, não criou empecilho nenhum. Ele teve essa ideia de ir pra clínica, mas depois com a presença da polícia desistiu da ideia e falou: ‘Não, vamos embora, eu vou deixar o Poder Judiciário decidir minha vida'”, conta o delegado-geral de Polícia de São Paulo Osvaldo Nico Gonçalves.

Três mulheres cumpriram o mandado de prisão: uma delegada, uma investigadora e uma escrivã. A delegada Ivalda Aleixo perguntou se o procurador estava arrependido.

“”Você está sendo preso por isso, está arrependido?’, tem que perguntar. Ele disse que não sabia responder”, conta delegada Ivalda Aleixo

Os policiais levaram o procurador para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, em São Paulo, e o indiciaram por agressão e injúria.

Demétrius Oliveira foi levado para fazer exame de corpo de delito, depois passou pela audiência de custódia. Uma juíza analisou o caso e concluiu que a prisão cumpriu todos os requisitos legais. A juíza manteve a prisão preventiva decretada pela Comarca de Registro e o procurador foi encaminhado para um centro de detenção, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

As cenas de violência ocorreram na última segunda-feira (20), dentro da repartição pública. O procurador agrediu a socos e chutes a chefe dele, a procuradora-geral do município de Registro, Gabriela Samadello Monteiro de Barros. Outras mulheres na sala tentaram impedir a agressão, mas ele usou a força para se livrar delas. Gabriela disse que ficou aliviada com a prisão do agressor.

“Me sinto mais segura agora. É possível você mudar essa situação de violência, basta a gente ter coragem. Eu tenho recebido muitas mensagens de apoio de outras mulheres, tem sido muito legal, tem me dado forças para expor essa situação, para poder encorajar cada vez mais pessoas a fazerem o mesmo e assim a gente mudar esse pensamento machista e patriarcal que a gente vive na sociedade hoje”, diz Gabriela Samadello.

Fonte: G1

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