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Motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo entram em greve

Paralisação, prevista por 24 horas, ocorre após categoria rejeitar proposta das empresas de aumento salarial de 12,47% a partir de outubro. SPTrans afirma que sindicato não cumpriu manutenção de 80% da frota no horário de pico, determinada pela Justiça, e promete cobrar multa de R$ 50 mil.


Motoristas de ônibus da cidade de SP entram em greve

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Motoristas de ônibus da cidade de SP entram em greve

Os motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo entraram em greve nesta terça-feira (14) após rejeitarem a proposta de reajuste salarial oferecida pelas empresas do setor.

Por conta da paralisação, a Prefeitura de SP decidiu suspender o rodízio municipal de veículos, que só deve voltar a vigorar na quarta (15).

Resumo:

  • Paralisação deve durar 24h;
  • Sindicato pede reajuste de 12,47% a partir de maio; empresas querem pagar a partir de outubro
  • 15 empresas de ônibus estão com operação paralisada e 12 operam normalmente
  • Rodízio de veículos foi suspenso; CET liberou faixas e corredores de ônibus ao longo de todo o dia.
Terminal Parque Dom Pedro II vazio na manhã desta terça-feira (14) — Foto: Aldieres Batista/TV Globo

Terminal Parque Dom Pedro II vazio na manhã desta terça-feira (14) — Foto: Aldieres Batista/TV Globo

Segundo a Prefeitura de SP, todos os ônibus do chamado sistema estrutural estão parados por conta da greve.

São 6.469 ônibus, de 13 empresas, que representam 713 linhas, que ligam principalmente as periferias da cidade aos grandes terminais.

De acordo com a SPTrans, os ônibus do sistema local estão circulando. São 5.314 ônibus, 11 empresas, que fazem 487 linhas. São veículos de menor capacidade.

A SPTrans também afirma que o sindicato não cumpriu a determinação da Justiça de manutenção de 80% da frota no horário de pico, e que irá cobrar a autuação de R$ 50 mil de multa diária.

Pessoas em ponto de ônibus na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, na manhã desta terça-feira, 14 de junho de 2022. Motoristas e cobradores de ônibus vão fazer nesta terça-feira, 14, uma paralisação por 24 horas. A negociação salarial com o setor patronal começou em março, mas não chegou a um acordo. O pedido de 12,47% de reajuste salarial, referente ao índice do INPC/IBGE, foi aceito, mas só a partir de outubro; o sindicato exige que a proposta pegue a data-base de 1º de maio. — Foto: BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

Pessoas em ponto de ônibus na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, na manhã desta terça-feira, 14 de junho de 2022. Motoristas e cobradores de ônibus vão fazer nesta terça-feira, 14, uma paralisação por 24 horas. A negociação salarial com o setor patronal começou em março, mas não chegou a um acordo. O pedido de 12,47% de reajuste salarial, referente ao índice do INPC/IBGE, foi aceito, mas só a partir de outubro; o sindicato exige que a proposta pegue a data-base de 1º de maio. — Foto: BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

Transtornos

Usuários enfrentam transtornos desde as primeiras horas da manhã. Após trabalhar de madrugada, um grupo de funcionários de um mercado caminharam mais de duas horas para tentar encontrar um ônibus e voltar para casa.

No segundo dia do emprego, após anos na disputa por vaga, um auxiliar de produção disse à TV Globo que já estava atrasado e temia não conseguir trabalhar.

O Terminal de Santo Amaro estava vazio, sem veículos. Apenas uma linha, e com veículo menores, atendia os usuários.

O Terminal Grajaú, também na Zona Sul, foi fechado entre 4h e 4h50 após manifestantes utilizarem dois ônibus para interromper o fluxo de veículos.

No Terminal Campo Limpo, 12 linhas estão sendo estendidas até a Vila Sônia, onde os passageiros podem realizar a integração com o Metrô.

As linhas que vão até o Terminal Vila Nova Cachoeirinha estão levando os passageiros até o Metrô Barra Funda.

Garagem de ônibus com todos os veículos estacionados por conta da greve  — Foto: Reprodução/TV Globo

Garagem de ônibus com todos os veículos estacionados por conta da greve — Foto: Reprodução/TV Globo

Relação de empresas com a operação paralisada em suas garagens:

  • Santa Brígida (Zona Norte);
  • Gato Preto (Zona Norte);
  • Sambaíba (Zona Norte);
  • Express (Zona Leste);
  • Viação Metrópole (Zona Leste);
  • Ambiental (Zona Leste);
  • Via Sudeste (Zona Sudeste);
  • Campo Belo (Zona Sul);
  • Viação Grajaú (Zona Sul);
  • Gatusa (Zona Sul);
  • KBPX (Zona Sul);
  • MobiBrasil (Zona Sul);
  • Viação Metrópole (Zona Sul);
  • Transppass (Zona Oeste);
  • Gato Preto (Zona Oeste).

Fonte: G1

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