Mulher que deu ‘carona’ para gato fujão até São Paulo não percebeu animal no motor do veículo: ‘aventura com final feliz’

Ao g1, a chef de cozinha e comerciante Vilma Pereira da Silva, de 50 anos, disse que ela e o marido deram uma carona para uma pessoa que sentou no banco traseiro, e não perceberam nada de estranho no veículo.


Gato escapa de casa em Praia Grande, se esconde em motor de carro vai de 'carona' até São Paulo — Foto: Antônio Cassimiro/PG No Grau

Gato escapa de casa em Praia Grande, se esconde em motor de carro vai de ‘carona’ até São Paulo — Foto: Antônio Cassimiro/PG No Grauhttps://ef8dbb63bc5c0b2e2db0bba7a9c49689.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

A mulher de Praia Grande, no litoral de São Paulo, que deu ‘carona’ para um gato escondido no motor de um carro até São Paulo contou que não percebeu absolutamente nada de estranho no veículo. Ao g1, a chef de cozinha e comerciante Vilma Pereira da Silva, de 50 anos, disse que ela e o marido deram uma carona para uma pessoa que sentou no banco traseiro, que também não percebeu a presença do animal.

Segundo Vilma, eles foram para São Paulo no último dia 12 de maio, por volta das 9h30. “O carro do meu esposo é alugado, ele está trabalhando como motorista de abrigado e é obrigado a fazer revisão, que estava marcada”.https://ef8dbb63bc5c0b2e2db0bba7a9c49689.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

A chef de cozinha relembra que deixou a pessoa que pegou carona com eles na região central da capital paulista e, em seguida, deixou o carro na oficina para a revisão. “Fomos na padaria tomar café, aí a gente olha para trás e vem o mecânico correndo atrás da gente. Tomamos um susto sem saber o que estava acontecendo”.

Ela conta que o mecânico perguntou se eles tinham gato, ela confirmou e, em seguida, ele disse que o animal estava na oficina. “Aí eu falei que não, que meu gato não estava ali, que deixei ele em Praia Grande, no meu apartamento. Ele falou que assim que deixamos o carro, ele abriu e tomou o maior susto achando que era um rato, aí viu que era um gato”.

Vilma conta que Nino ficou extremamente assustado e foi se enfiando dentro das latarias do motor. “Foi muito difícil tirar ele de lá, o mecânico foi muito cuidadoso, teve que desconectar os fios e demorou uns 25 minutos”.

“Meu marido perguntou o que a gente ia fazer com ele, aí ele falou que [o Nino] deveria ser de São Paulo para soltar lá, aí falei que não era de lá porque o mecânico afirmou que ele veio com a gente, então se a gente for soltar é melhor levar para Praia Grande. Graças a Deus minha intuição foi certa”, relembra a chef de cozinha.https://ef8dbb63bc5c0b2e2db0bba7a9c49689.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

‘Rolê’ em São Paulo

Após sair da oficina, Nino continuou com o casal que foi até o Brás e, antes de retornar para Praia Grande, fugiu pela terceira vez e entrou no motor de um outro carro. “Chegou na casa da minha sogra e fugiu, entrou em outro motor, meu marido teve que tirar ele, só que dessa vez ele não foi para o fundo. Ele fugiu, a gente correu para pegar, mas ele foi direto para o motor do carro”.

“Foi uma aventura com final feliz. Fiquei muito feliz [em encontrar os donos]. Meu coração ia viver partido no meio, ia ficar com remorso. Me atrapalhou lá no dia, mas estou feliz que teve um desfecho para o Nino que pode voltar para o lar dele”, conta.

A chef de cozinha ficou com o Nino na casa dela até a última terça-feira (17), quando eles viram um cartaz que estava buscando pelo animal que estava desaparecido. “Fiquei preocupada com ele estar machucado porque foi uma viagem longa. Como tutora de gato, assim que o mecânico tirou ele [do motor], me senti responsável por ele, sabe? Não consegui pegar e colocar na rua sem saber o destino”.

Entenda o caso

Um gato foi devolvido à família na última terça-feira (17) em Praia Grande, no litoral de São Paulo, após ter ‘pegado uma carona’, escondido no motor de um carro, até São Paulo. Ao g1, a fotógrafa e tutora do Nino, Francis Carla Anselmo, disse que a dona do veículo só descobriu a presença do animal durante uma revisão em uma oficina na capital paulista.

Carla explica que mora em um prédio no bairro Vila Guilhermina e que Nino costuma sair pela porta para ir ao apartamento da mãe dela, que fica ao lado. “Ele é um gato medroso e geralmente passa o dia no apartamento da minha mãe. À noite, vem aqui para a minha casa”.

Em 11 de maio, por volta das 7h, Carla saiu com a moto para levar o filho na escola. Sem que ela percebesse, Nino saiu do apartamento e foi até janela da mãe dela, na tentativa de entrar no local. “Estava fechada porque minha mãe estava dormindo. Quando ele voltou para o meu apartamento, também estava fechado porque eu tinha saído para levar meu filho na escola”.

Família em Praia Grande, no litoral de São Paulo, comemora retorno do Nino após ‘situação inusitada’ — Foto: Antônio Cassimiro/PG No Grau

Foi então que Nino resolveu descer as escadas do prédio e se esconder embaixo do veículo de Carla. Por volta das 9h, a tutora e a mãe dela foram ao médico de carro. “Depois de três quadras, ao fazer a curva na rotatória, ouvi um barulho forte. Olhei pelo retrovisor e vi de costas um gato preto com rabo todo arrepiado”.

A fotógrafa afirma que falou para a mãe que tinha atropelado um gato e reduziu a velocidade. “Fiquei preocupada, aí minha mãe falou que parecia que algo tinha caído do carro. Não vi mais o gato pelo retrovisor e dei a volta no quarteirão, procurando, mas não vi mais nada”.

Após a consulta médica, Carla retornou para casa, buscou o filho na escola e só notou o desaparecimento de Nino ao ser questionada pela mãe.

Ela iniciou as buscas pelo animal no apartamento onde mora, mas resolveu olhar as câmeras de monitoramento. “Foi aí que eu vi tudo. Vi que ele desceu [as escadas] e ficou escondido no carro. Quando eu vi pelas câmeras, sai, rodei perto da Praça da Paz, levei pote de ração e fiquei chamando”.

Carla continuou as buscas, fez panfletos e até colou cartazes em postes anunciando o desaparecimento de Nino. Segundo ela, na manhã da última terça-feira (17), uma mulher entrou em contato avisando que viu o cartaz no poste. “Ela perguntou se ele tinha rabo torto, meio cortadinho, e falou que estava lá [com ela]”.

‘Carona’ até São Paulo

Assim que Carla buscou Nino, a mulher contou a história da ‘carona’. Ela disse ter ido a São Paulo fazer uma revisão no carro e, quando o mecânico abriu o capô, surpresa: um gato acomodado no motor.

Segundo a mulher, o mecânico garantiu que o animal não havia entrado no automóvel na capital e, portanto, tinha viajado com ela. A dona do carro contou para Carla que tiveram que desmontar o motor para chegar ao animal. “Demorou cerca de 30 minutos para tirá-lo de lá”.

Após a retirada de Nino, a mulher ficou em dúvida sobre o que fazer com o animal. Ela cogitou deixá-lo em São Paulo, mas resolveu retornar com o gato para Praia Grande. “Viu que ele era bem cuidado e que tinha dono”.

Nino ficou aproximadamente sete dias desaparecido deixou a família angustiada Praia Grande, no litoral de SP — Foto: Arquivo Pessoal

Nino ficou aproximadamente sete dias desaparecido deixou a família angustiada Praia Grande, no litoral de SP — Foto: Arquivo Pessoal

“[Foi] a nora dela [dona do veículo] que viu um cartaz no poste. [Depois] eles me ligaram para eu ir buscá-lo”, explica a fotógrafa.

Prestes a completar 2 anos, Nino está com a família de Carla desde o nascimento. “Minha filha viu uma publicação sobre uma gata abandonada com seis filhotes recém-nascidos, então fui buscá-los e dei lar provisório. Fiquei com o Nino, Sofia e a mãe deles, que mora com a vizinha no andar debaixo”.

“A gente ficou muito triste [com o desaparecimento] porque nós gostamos muito dele. A gente resgatou o Nino e me apaixonei por ele assim que o vi. Ele é do meu filho de 9 anos, o Felipe. Ele fala que é o dono/pai do Nino”, conta.

‘Já gastou umas seis vidas’

Após os dias de desespero e tristeza, a fotógrafa comemora o reencontro com o Nino. “Estávamos aflitos. Me sentia culpada porque achei que tinha atropelado o gato e porque não verifiquei que ele estava embaixo do carro. Nunca imaginei que ele fosse se enfiar lá”.

“São várias sensações de felicidade por ele ter voltado. É um gatinho muito amado. Ainda quero conversar com o mecânico para saber onde ele se enfiou. Já gastou umas seis vidas dele”, afirma.

A fotógrafa conta que a situação é uma ‘coisa inusitada’ e algumas pessoas até acham engraçado ele ter ido até São Paulo e ter tido a sorte de voltar para a casa.

Nino é gato do filho de 9 anos da fotógrafa, o Felipe  — Foto: Arquivo Pessoal

Nino é gato do filho de 9 anos da fotógrafa, o Felipe — Foto: Arquivo Pessoal

Fonte: G1

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