Jornalista e colunista de política Cristiana Lôbo morre aos 64 anos
Comentarista da GloboNews e colunista do g1, ela lutava contra um câncer e estava internada em São Paulo para tratar uma pneumonia.
Cris Lôbo durante participação no Programa do Jô em 2012 — Foto: Zé Paulo Cardeal/Globo https://53b5f48311d3098cb33caaf7ce27c3ee.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
A jornalista e colunista de política Cristiana Lôbo morreu nesta quinta-feira (11), em decorrência de um mieloma múltiplo, do qual se tratava havia alguns anos, agravado por uma pneumonia contraída nos últimos dias. Ela tinha 64 anos e estava internada no hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Ela deixa marido, Murilo, dois filhos, Gustavo e Bárbara, e dois netos, Antônio e Miguel.
Cristiana atuou no jornalismo por mais de 30 anos. Começou a carreira cobrindo a política do estado de Goiás, até se mudar para Brasília.
Morre, em São Paulo, a jornalista Cristiana Lôbo https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Contratada pelo jornal “O Globo”, foi setorista do Ministério da Saúde – época em que viu ser criada a carteira de vacinação. Acompanhou de perto também as decisões do Ministério da Educação.
Ainda no “Globo”, trabalhou na coluna Panorama Político.
Depois de 13 anos no jornal, assumiu a coluna política do jornal o “Estado de S. Paulo”.
A estreia na televisão foi na GloboNews, em março de 1997.
Cristiana Lôbo ao lado dos colegas Dony De Nuccio, Merval Pereira, Renata Lo Prete, Gerson Camarotti e Eduardo Grillo — Foto: Pedro Paulo Figueiredo/Globo
Naquele mês, passou a integrar o time de comentaristas do Jornal das Dez – analisando os principais fatos da política e os bastidores do poder. E marcou presença nos telejornais da casa.
Comandou também o programa Fatos e Versões e a coluna os Bastidores da Política, no g1.
Cristiana Lôbo durante a apresentação de seu programa Fatos e Versões, na GloboNews — Foto: GloboNews https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Comentaristas da GloboNews homenagearam Cristiana Lôbo. Veja nos vídeos abaixo: 10 vídeos
Memória
Ao site Memória Globo, Cristiana relembrou momentos marcantes de sua carreira.
Um dos momentos mais intensos citados por ela foi a cobertura da campanha Diretas Já, em 1984, que pedia a reabertura democrática no país, depois de duas décadas de ditadura militar.
“Naquele tempo, não existia celular, nem internet, a única coisa que havia era um telefone que você apertava e a redação ouvia. Eles pediam 15 linhas, e a gente tinha de fazer o retrato daquele momento”, recordou Cristiana.
A jornalista Cristiana Lôbo em participação na GloboNews durante a pandemia de Covid, em 2020 — Foto: Reprodução/Globo News
A jornalista cobriu momentos decisivos da história do país nas últimas quatro décadas. Depois das Diretas, veio o governo do ex-presidente José Sarney. Cristiana lembra que foi um período de muito trabalho. https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
“No dia em que foi editado o Plano Cruzado, de reforma da economia, eu tinha voltado da minha licença-maternidade. Saí de casa às 7h, voltei às 23h. Cheguei a ter febre. E nesse dia o bebê não mamou”, contou ao Memória Globo.
Ela se destacou também na cobertura da passagem de governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Teve um dia em que fiquei no ar de manhã até a noite, porque a gente ia descobrindo quem é que saía e quem entrava. Era o paraíso para nós: notícia o dia inteiro. Para mim, melhor do que isso, só os filhos!”, disse Cristiana.
Meninas do Jô
Cristiana Lôbo também integrou as “Meninas do Jô”, quadro do programa de Jô Soares na TV Globo que reúnia jornalistas para debater a política no país.
Mieloma
O mieloma múltiplo é o câncer de um tipo de células da medula óssea chamadas de plasmócitos, responsáveis pela produção de anticorpos que combatem vírus e bactérias.
No mieloma múltiplo, os plasmócitos são anormais e se multiplicam rapidamente, comprometendo a produção das outras células do sangue.
Fonte: G1