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Pilares do Masp são repintados de vermelho

Masp começa a ser repintado de vermelho durante trabalho de restauro — Foto: Reprodução/TV Globo

Masp começa a ser repintado de vermelho durante trabalho de restauro — Foto: Reprodução/TV Globo

Os pilares que sustentam o Museu de Artes de São Paulo (MASP) começaram a ser repintados de vermelho.

A tradicional cor tinha sido retirada no final de abril, quando foi iniciado o trabalho de restauro.

Pilares recebem tinta vermelha 'masp' novamente — Foto: Reprodução/TV Globo

Pilares recebem tinta vermelha ‘masp’ novamente — Foto: Reprodução/TV Globo

A tradicional feira de antiguidades, que ocorre no vão livre, foi removida temporariamente, mas o museu permanece aberto para visitação.

‘Vermelho MASP’

Masp volta a ser pintado de vermelho durante trabalho de restauro — Foto: Reprodução/Redes sociais

Masp volta a ser pintado de vermelho durante trabalho de restauro — Foto: Reprodução/Redes sociais

Segundo divulgado pela página do Masp nas redes sociais, a intervenção começou com a retirada das inúmeras camadas de tinta sobrepostas e o tratamento do concreto. A cor escolhida é a mesma da pintura original, criada em 1990 especialmente para o MASP.

Apesar de ser conhecido pelo vermelho, originalmente o Masp era só cinza do concreto, como ficou durante o mês de maio.

O vermelho só foi pintado pela primeira vez na década de 1990.

As obras fazem parte do projeto de de preservação do edifício. Segundo a Prefeitura de São Paulo , os trabalhos devem durar seis meses.

Projeto

Lina Bo Bardi, responsável pelo projeto arquitetônico do Masp, posa na construção — Foto: Acervo/Masp

Lina Bo Bardi, responsável pelo projeto arquitetônico do Masp, posa na construção — Foto: Acervo/Masp

No local onde atualmente fica o Masp, antes da construção, existia o Belvedere Trianon – um espaço destinado para festas e bailes e que tinha uma enorme cobertura com vista para a Avenida Nove de Julho e o Centro da cidade.

O Belvedere Trianon, foi demolido para levantar um pavilhão que sediaria a 1ª Bienal de Arte de São Paulo.

O terreno onde ficava esse espaço teria sido doado para a prefeitura da capital. Inicialmente, sustentava a tese de que por testamento, foi exigido pelo doador de que qualquer construção que fosse levantada no local, precisaria ter vista para o Centro da cidade.

Antes de ter sede na Avenida Paulista, o Masp ficava na Rua 7 de Abril, no Centro da cidade.

A arquiteta Lina Bo Bardi, que chegou ao Brasil em 1946, se interessou pela nova sede e, entregou um projeto para o administrador do museu na época, já mantendo a exigência de deixar o Masp com uma vista para o Centro. A exigência da vista para o Centro, pode ter sido inventada para aprovar o vão.

Reforma no Masp deve durar seis meses

A tese é do historiador italiano e especialista em arquitetura brasileira, Daniele Pisani, que em 2019, publicou um livro alegado que a exigência teria sido inventada por Lina e Pietro Maria Bardi (marido de Lina).

Lina apresentou diversos projetos, mas o final previa um museu flutuante, elevado com uma caixa suspensa de vidro e concreto, separado pelo vão para dar vista para o Centro da cidade, e níveis abaixo que – sendo visto da Avenida Paulista – ficam subterrâneo.

A região onde fica o Masp, está a 860 metros de altitude, permitindo uma facilidade para enfrentar desafios estruturais de uma obra com um vão extenso.

Um outro fator é que o território brasileiro não corre risco de abalos sísmicos significativos, ou seja, o Masp precisa de condições para ficar equilibrado.

O terreno do Masp também tem uma topografia irregular, apresentando um desnível entre a Avenida Paulista e a Rua Carlos Comenale.

Fonte: G1

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