Pilares do Masp são repintados de vermelho
Pilares do Masp são repintados de vermelho durante trabalho de restauro
Tinta tinha sido retirada no final de abril. Museu, que permanece aberto para visitação, passa por restauro pela primeira vez desde a inauguração do prédio, em 1968.
Masp começa a ser repintado de vermelho durante trabalho de restauro — Foto: Reprodução/TV Globo
Os pilares que sustentam o Museu de Artes de São Paulo (MASP) começaram a ser repintados de vermelho.
A tradicional cor tinha sido retirada no final de abril, quando foi iniciado o trabalho de restauro.
Pilares recebem tinta vermelha ‘masp’ novamente — Foto: Reprodução/TV Globo
A tradicional feira de antiguidades, que ocorre no vão livre, foi removida temporariamente, mas o museu permanece aberto para visitação.
‘Vermelho MASP’
Masp volta a ser pintado de vermelho durante trabalho de restauro — Foto: Reprodução/Redes sociais
Segundo divulgado pela página do Masp nas redes sociais, a intervenção começou com a retirada das inúmeras camadas de tinta sobrepostas e o tratamento do concreto. A cor escolhida é a mesma da pintura original, criada em 1990 especialmente para o MASP.
Apesar de ser conhecido pelo vermelho, originalmente o Masp era só cinza do concreto, como ficou durante o mês de maio.
O vermelho só foi pintado pela primeira vez na década de 1990.
As obras fazem parte do projeto de de preservação do edifício. Segundo a Prefeitura de São Paulo , os trabalhos devem durar seis meses.
Projeto
Lina Bo Bardi, responsável pelo projeto arquitetônico do Masp, posa na construção — Foto: Acervo/Masp
No local onde atualmente fica o Masp, antes da construção, existia o Belvedere Trianon – um espaço destinado para festas e bailes e que tinha uma enorme cobertura com vista para a Avenida Nove de Julho e o Centro da cidade.
O Belvedere Trianon, foi demolido para levantar um pavilhão que sediaria a 1ª Bienal de Arte de São Paulo.
O terreno onde ficava esse espaço teria sido doado para a prefeitura da capital. Inicialmente, sustentava a tese de que por testamento, foi exigido pelo doador de que qualquer construção que fosse levantada no local, precisaria ter vista para o Centro da cidade.
Antes de ter sede na Avenida Paulista, o Masp ficava na Rua 7 de Abril, no Centro da cidade.
A arquiteta Lina Bo Bardi, que chegou ao Brasil em 1946, se interessou pela nova sede e, entregou um projeto para o administrador do museu na época, já mantendo a exigência de deixar o Masp com uma vista para o Centro. A exigência da vista para o Centro, pode ter sido inventada para aprovar o vão.
Reforma no Masp deve durar seis meses
A tese é do historiador italiano e especialista em arquitetura brasileira, Daniele Pisani, que em 2019, publicou um livro alegado que a exigência teria sido inventada por Lina e Pietro Maria Bardi (marido de Lina).
Lina apresentou diversos projetos, mas o final previa um museu flutuante, elevado com uma caixa suspensa de vidro e concreto, separado pelo vão para dar vista para o Centro da cidade, e níveis abaixo que – sendo visto da Avenida Paulista – ficam subterrâneo.
A região onde fica o Masp, está a 860 metros de altitude, permitindo uma facilidade para enfrentar desafios estruturais de uma obra com um vão extenso.
Um outro fator é que o território brasileiro não corre risco de abalos sísmicos significativos, ou seja, o Masp precisa de condições para ficar equilibrado.
O terreno do Masp também tem uma topografia irregular, apresentando um desnível entre a Avenida Paulista e a Rua Carlos Comenale.
Fonte: G1