Parque Augusta, no Centro de SP, deve ser inaugurado no sábado
Conclusão de obra já foi adiada inúmeras vezes pela gestão municipal. Expectativa é a de que área verde de 23 mil metros quadrados seja aberta à população no próximo final de semana.

Após anos de espera, inauguração do Parque Augusta deve ocorrer neste sábado (6)
O Parque Augusta, no Centro de São Paulo, deve ser inaugurado no próximo sábado (6), após inúmeros paralisações e atrasos na conclusão da obra.
A área ganhou o nome de Parque Augusta Bruno Covas, em homenagem ao ex-prefeito da capital, que morreu de câncer este ano.
A obra, que está na fase final, terá academia, parquinho e uma arquibancada, que vai integrar o espaço cultural para apresentações de artistas. Uma arcada antiga foi mantida pelo valor histórico e arquitetônico.
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Academia e parquinho estão praticamente prontos no Parque Augusta — Foto: Reprodução/TV Globo
Em agosto do ano passado, o então prefeito Bruno Covas (PSDB) havia dito que o parque municipal seria entregue até o fim de 2020.
A entrega também estava prevista no Plano de Metas para a gestão de 2020, mas não foi cumprida.
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Parque deve ser aberto ao público já no sábado — Foto: Reprodução/TV Globo
A polêmica da construção do parque é antiga. A área de 23 mil metros quadrados pertencia a uma construtora que pretendia levantar três torres no local. A comunidade protestou para que fosse um espaço exclusivamente público, uma demanda desde os anos 80.
Em 2018, um acordo envolvendo o Ministério Público, a construtora e a Prefeitura de São Paulo, trocou a área por títulos de potencial construtivo para levantar empreendimentos em outras áreas. O acordo definiu que as obras do parque seriam custeadas pela empresa.

Futuro Parque Augusta, na capital, será entregue à população até dezembro deste ano https://b1ce5c06815a0c4fa7198d2b58884dc8.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Início das obras
As obras do Parque Augusta começaram em outubro de 2019. Em dezembro daquele ano, a Prefeitura de São Paulo apresentou ao Ministério Público (MP) o projeto do parque. A proposta era de que ele tivesse 23 mil m² e contasse com cachorródromo, redário e academia para terceira idade.
Mas em janeiro de 2020, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) solicitou à Prefeitura a paralisação das obras para investigar um sítio arqueológico encontrado nas escavações que poderia conter vestígios de populações indígenas. As obras foram retomadas após um acordo para acompanhamento arqueológico.
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Parque Augusta — Foto: Editoria de Arte/G1
Negociação difícil
O terreno do Parque Augusta pertencia as construtoras Setin e Cyrela, que doaram o local à municipalidade. A escritura foi assinada em abril de 2019.
Para que a doação fosse realizada, a Prefeitura de São Paulo e as construtoras firmaram um acordo. Os termos da negociação previam a transferência do terreno por doação ao município em troca de quatro declarações de potencial construtivo passível de transferência – ou seja, as empresas poderão construir em outra área aquilo que chegou a ser autorizado para ser levantado no Parque Augusta.
Em novembro do ano passado, a Justiça extinguiu a última ação popular que impedia que o acordo para a criação do Parque Augusta fosse concluído e saísse do papel. https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
No total, as construtoras gastaram R$ 9,85 milhões com obras como a restauração da portaria e da edificação do antigo Colégio Des Oiseaux, que fica dentro do terreno, e a construção do Boulevard Gravataí – que liga o parque à Praça Roosevelt. O dinheiro também será usado para a manutenção do parque por dois anos.

Obras do Parque Augusta estão liberadas após reunião entre Iphan e Secretaria do Verde
Fonte: G1