Relator do caso de racismo deve pedir cassação
Relator do caso de racismo envolvendo vereador Camilo Cristófaro deve pedir cassação do parlamentar na Câmara de SP
Marlon Luz (MDB) pretende protocolar relatório na próxima segunda-feira (21). Depois, demais membros da Corregedoria da Câmara Municipal votarão a favor ou contra da punição sugerida.
Ás vésperas de completar 1 ano, caso de racismo envolvendo vereador está parado na Câmara de SP
O vereador Marlon Luz (MDB) concluiu nesta semana o relatório sobre o episódio de racismo envolvendo o vereador Camilo Cristófaro (Avante) e deve protocolá-lo na próxima segunda-feira (21), sugerindo a cassação do mandato do parlamentar à Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo.
O processo disciplinar já corre há quase um ano e quatro meses. Em 3 de maio de 2022, durante uma sessão híbrida da CPI dos Aplicativos, Cristófaro disse:
“Não lavar a calçada… É coisa de preto, né?”.
Vereador Camilo Cristófaro (Avante) — Foto: Júlio Zerbatto/Futura Press/Estadão Conteúdo
- A vereadora Luana Alves, do PSOL, reagiu imediatamente. Naquele dia, a sessão foi suspensa. Logo depois, ela pediu instauração de inquérito contra o vereador na delegacia de crimes raciais e acionou a Corregedoria da Câmara;
- Por unanimidade, vereadores aprovaram abertura de processo disciplinar. A apuração do crime de racismo seguiu na Justiça, mas estagnou na Câmara;
- Em julho de 2023, o vereador foi absolvido pela Justiça de São Paulo.
À época da fala, o vereador se justificou — disse, inicialmente, que falava de um carro; depois, afirmou que foi uma brincadeira com um amigo e que não é racista.
Uma vez protocolado, o relatório será debatido pelos vereadores que fazem parte da Corregedoria e esses podem concordar ou não com a punição sugerida pelo relator.
Caso a maioria seja favorável à cassação, o caso vai para o plenário, onde todos os 55 parlamentares da capital paulista terão que votar se acatam ou não o que foi decidido pelos corregedores.
Fonte: G1