Brasil perde 10 cidades de São Paulo em superfície de água
Em 31 anos, Brasil perde o equivalente a 10 cidades de São Paulo em superfície de água
No Pantanal, as áreas alagadas encolheram quase 82%. Especialistas dizem que a ação humana e as mudanças climáticas são responsáveis por essa redução.

Em 31 anos, Brasil perde o equivalente a 10 cidades de São Paulo em superfície de água
Em 31 anos, o Brasil perdeu o equivalente a dez cidades de São Paulo em superfície de água. Especialistas dizem que a ação humana e as mudanças climáticas são responsáveis por essa redução.
No subsolo de um estacionamento, alguns homens trabalham com o objetivo de mudar o futuro. Parece sinopse de filme de ficção, mas é só uma empresa de tecnologia com um propósito.
“Um pouquinho de água e a gente consegue limpar o carro inteiro, de maneira ecológica. É uma lavagem que a gente utiliza 500 ml em vez de utilizar 500 litros, que são utilizados por uma mangueira convencional”, explica o fundador da empresa João Vitor Salvatori.
Ações pequenas como mudar o jeito de lavar o carro e grandes, como conter o desmatamento, podem mudar uma tendência em curso: o Brasil mais seco. Em 31 anos, a superfície de água encolheu 7,5%. O país perdeu 1,5 milhão de hectares, o que equivale a dez cidades de São Paulo.
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Em 31 anos, Brasil perdeu o equivalente a dez cidades de São Paulo em superfície de água — Foto: JN
“E o preocupante é ver que a tendência de redução, a redução, acontece nos ambientes naturais: em várzeas, em áreas de planícies inundáveis. E ganho só se observa em represas de hidrelétricas, represas construídas para irrigação, ou até mesmo armazenamento de água para fornecimento de água potável para as cidades”, diz o coordenador técnico do MapBiomas Água, Juliano Schirmbeck.
A falta d’água não está no horizonte dos pesquisadores, mas eles alertam para o fato de que já sofremos as consequências de viver em um país mais seco. Em 2021, o aumento das tarifas de energia e o baixo nível dos reservatórios em São Paulo. Para eles, isso mostra que não dá para esperar para começar a agir.
“Me remete à situação de duas ações: uma é a gente assumir esse compromisso de desmatamento zero em nossos diversos biomas, e a outra é também promover a restauração de regiões que são importantes para manutenção da água nos nossos sistemas”, afirma Helga Correa, especialista em conservação do WWF-Brasil.