1ª delegacia especializada em fraudes biométricas

Cidade de São Paulo inaugura 1ª delegacia especializada no combate a crimes de fraudes biométricas no estado

Nova delegacia foi inaugurada nesta quarta (24) na Luz, Centro de São Paulo. Ela irá investigar casos de documentos e identidades falsos por meio de impressões digitais. Nos últimos dois anos foram abertos mais de 150 inquéritos para investigar suspeitas de fraudes biométricas no estado.


Capital de São Paulo terá primeira delegacia especializada no combate a crimes biométricos no estado — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Capital de São Paulo terá primeira delegacia especializada no combate a crimes biométricos no estado — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Polícia Civil de São Paulo inaugurou nesta quinta-feira (24) a primeira delegacia especializada no combate a crimes de fraudes biométricas no estado.

A Delegacia de Polícia de Combate a Crimes de Fraude Documental e Biometria vai funcionar na Avenida Casper Líbero, na Luz, Centro da capital paulista. E estará subordinada ao Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol).

Ela funcionará dentro do prédio do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRG). A nova delegacia será comandada pelo delegado Denis Almeida Chiuratto.

A decisão de se criar uma delegacia especializada se deve ao fato de que era preciso centralizar as operações de combate aos crimes biométricos, que têm se aperfeiçoado em razão da tecnologia usada pelos criminosos.

A delegacia vai investigar casos de documentos e identidades falsos e fraudes biométricas por meio de impressões digitais etc.

“Na atualidade, em razão da evolução tecnológica e da aquisição de ferramentas de identificação eletrônica de impressões digitais, expandiu-se o leque de atribuições do DIPOL, fato que reclama centralização investigativa e especialização funcional”, explicou o delegado Maurício Correali, do Dipol.

O Departamento de Inteligência da Polícia Civil é comandado pelo delegado Caetano Paulo Filho. “Essa nova delegacia será mais um serviço que a instituição oferecerá à população de São Paulo”, disse ele.

Em princípio, o foco do trabalho da delegacia será na capital, mas, dependendo das investigações, poderá ser ampliado para outras cidades do estado.

Banco de dados biométricos

Sede do IIRGD, onde irá funcionar nova delegacia de combate a crimes biométricos — Foto: Kleber Tomaz / G1

Sede do IIRGD, onde irá funcionar nova delegacia de combate a crimes biométricos — Foto: Kleber Tomaz / G1

Entre os equipamentos que serão utilizados pela delegacia para identificar esquemas fraudulentos estão o Afis. Desde 2015 todas as biometrias do estado foram inseridas nesse sistema computadorizado da Polícia Civil.

Esse banco de dados auxilia nos cruzamentos de informações para descobrir fraudes. Antes da criação da delegacia, os crimes biométricos eram investigados exclusivamente em cada um dos distritos policiais da cidade de São Paulo.

De acordo com informações do Dipol, nos últimos dois anos foram abertos mais de 150 inquéritos em distritos policiais para investigar suspeitas de fraudes biométricas no estado.

O IIRGD chegou a identificar nesse período, por exemplo, mais de 1 mil divergências de biometria num banco de dados de quase 6 milhões de dados biométricos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de São Paulo.

Em 2013, a polícia paulista chegou a descobrir um esquema fraudulento em Ferraz de Vasconcelos que envolvia o uso de dedos de silicone para burlar sistemas do ponto eletrônico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Dedos de silicone seriam usados por médicos e enfermeiro para fraudar ponto eletrônico. — Foto: Gladys Peixoto/G1

Dedos de silicone seriam usados por médicos e enfermeiro para fraudar ponto eletrônico. — Foto: Gladys Peixoto/G1

Fonte: G1

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