Vídeos inéditos mostram perseguição racista de vizinha ao influenciador Eddy Jr. em São Paulo

Humorista conta que Elizabeth Morrone, investigada por ofensas racistas, começou a persegui-lo em abril deste ano, com acusações de barulho, invasão e roubo.


Fantástico traz imagens inéditas de agressões sofridas por Eddy Jr.

Com vídeos inéditos, o Fantástico conta a história de um episódio de racismo que repercutiu muito esta semana: a crueldade de uma vizinha contra o influenciador Eddy Jr., em São Paulo. A reportagem é de Valmir Salaro.

“Eu me mudo para um lugar melhor para começar a trabalhar, pago para ter minha paz, ter mais segurança, e acontece nesse tipo de coisa, entendeu?”, diz o humorista e influenciador Eddy Jr. sobre as ofensas racistas que recebeu nesta semana de uma vizinha, Elisabeth Morrone.

A paz nunca chegou desde que Eddy, há oito meses, trocou a periferia de Guarulhos, na Grande São Paulo, por um condomínio na Zona Oeste da capital.

“No começo de abril, eu comecei a receber ligação de madrugada, na minha casa, dos porteiros. Os meninos ligavam: ‘Estão reclamando de barulho’. Eu falei: ‘Olha, eu estava dormindo. Vocês me acordaram’. E isso começou a ficar frequente. Os meninos da portaria falavam: ‘Tem uma vizinha que reclama de você todo santo dia’. E aí chegou uma notificação, de duas multas que eu tinha tomado por importunação, por fazer barulho, e eu fui conversar com o síndico: ‘Por que vou pagar essa multa? Eu não estou fazendo barulho’.”

No livro de ocorrências do prédio, a vizinha também acusou Eddy de invasão e roubo. Ele não conhecia a mulher, e só descobriu quem era a vizinha no dia 31 de agosto, quando foi ofendido. Eddy decidiu gravar com o celular. A vizinha que ele acabara de conhecer, a aposentada Elisabeth Morrone, mora no andar de baixo.

Pouco depois do primeiro encontro, Eddy estava em casa com uma amiga quando ouviu a campainha. Do lado de fora, as câmeras de segurança mostram o filho da vizinha homem com uma faca. O homem brinca com ela e dá golpes na parede do elevador. A família afirma que ele tem uma deficiência mental leve, e laudos psiquiátricos a que o Fantástico teve acesso comprovam essa condição.

Seis dias depois, mãe e filho voltam para frente da porta de Eddy. Mais uma vez, durante a madrugada. Só que ele não estava. No apartamento ao lado, a vizinha escutou tudo e gravou o áudio das ofensas por detrás da porta. Elisabeth estava com uma garrafa de vinho na mão, e o filho, com uma faca na cintura.

Na hora, a vizinha mandou o vídeo para Eddy. Quando ele chegou em casa, chamou a polícia. As agressões pararam. Isso até a noite da última terça-feira (18), quando Eddy reencontrou Elisabeth na portaria do prédio.

“Ela começa a falar assim: ‘Eu vou te denunciar, seu ladrão. Você tá me seguindo. Ela fala: ‘Seu urubu. Você parece urubu com esse cabelo aí, parece um demônio preto com cabelo rosa’. Na hora que ela fala isso, eu pego meu celular para gravar.”

Os vizinhos de porta de Eddy negam que ele faça barulho, e outra moradora do prédio contou que sofreu ataques racistas de Elisabeth. Agora, os moradores vão se reunir numa assembleia para decidir o que acontece com Elisabeth Morrone e o filho. São três possibilidades: os dois continuam morando local; eles são afastados temporariamente; ou mãe e filho são expulsos do prédio. Eles até podem ficar com o apartamento, mas não podem viver mais lá.

A polícia está investigando o caso, mas Elisabeth ainda não prestou depoimento. No sábado (22), a pedido da polícia, a Justiça determinou que Elisabeth não se aproxime de Eddy, e que ela saia das áreas comuns do prédio quando o influenciador estiver nelas. Se a aposentada desrespeitar essas medidas, pode ser presa. Assista à reportagem no vídeo acima para mais detalhes e conferir as gravações.

Fonte: G1

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