Cotidiano

Rodrigo Garcia nega atraso após acidente com Tatuzão e mantém promessa de entregar Linha 6-Laranja do Metrô em 2025

Equipamento voltou a funcionar a partir desta quarta (31), quase 7 meses após cratera ser aberta na Marginal do Tietê.


Governador de SP visita obras da Linha 6 - Laranja do Metrô  — Foto: Reprodução/TV Globo

Governador de SP visita obras da Linha 6 – Laranja do Metrô — Foto: Reprodução/TV Globo

O governador de São PauloRodrigo Garcia (PSDB), disse na manhã desta quarta-feira (31) que o acidente na obra na Linha – 6 Laranja do Metrô não irá atrasar a entrega das estações, prometidas para 2025.

“Mesmo com o incidente ocorrido, nós não vamos atrasar a entrega dessa obra e no final de 2025 ela estará à disposição da população aqui a cidade de São Paulo”, disse Garcia.

Candidato à reeleição, ele participou da retomada dos trabalhos do equipamento conhecido como ‘tatuzão’, na escavação dos túneis da futura estação Freguesia do Ó.

As atividades foram retomadas nesta manhã, quase sete meses depois do acidente na obra que abriu uma cratera na Marginal do Tietê, em 1º de fevereiro, e deixou o equipamento milionário alagado dentro da obra da estação Santa Marina, na Zona Oeste da cidade.

“O tatuzão, ele anda cerca de 12 metros todos os dias e nós temos uma previsão de 20 a 24 meses do tatuzão, que reiniciou hoje, chegar à estação São Joaquim lá no Centro da cidade de São Paulo”.

Durante a visita, Garcia também afirmou que o laudo do IPT que apura as responsabilizações do acidente ainda não foi concluído, e que a Sabesp está nos trabalhos finais para o reparo da adutora rompida.

Obras da Linha 6 - Laranja do Metrô de SP — Foto: Reprodução/TV Globo

Obras da Linha 6 – Laranja do Metrô de SP — Foto: Reprodução/TV Globo

Veja, por vários ângulos, aumento da cratera perto da pista da Marginal Tietê

Segundo o governo paulista, o tatuzão vai reiniciar as atividades perfurando o túnel no sentido Sul, em direção à estação Santa Marina, onde ocorreu o acidente de fevereiro.

Em 21 de julho, Garcia havia afirmado que até novembro uma segunda máquina iniciará a escavação do túnel no sentido Norte, da estação Brasilândia, última parada da Linha 6-Laranja.

Tatuzão foi batizado de Maria Leopoldina  — Foto: Reprodução/TV Globo

Tatuzão foi batizado de Maria Leopoldina — Foto: Reprodução/TV Globo

“Apesar do incidente que tivemos no início do ano, a obra não parou, outras frentes foram fortalecidas para que mantivéssemos a obra nesse cronograma e a nossa expectativa é que ao final de 2025 a Linha das Universidades já possa estar servindo mais de 600 mil passageiros todos os dias”, completou o governador na ocasião.

Apesar do acidente de fevereiro, a estação Santa Marina é a que tem as obras mais adiantadas na Linha 6, com cerca de 40% do projeto já concluído, segundo o governo de SP.

Tatuzão Maria Leopoldina

O ‘tatuzão’ usado nas escavações do túnel da Linha 6-Laranja tinha sido batizado com o nome de Maria Leopoldina e ficou danificado após o acidente na obra em 1º de fevereiro. Ele era operado por mais de 40 pessoas e possui até um refeitório.

Por causa do acidente, o equipamento havia ficado preso dentro do túnel da obra do Metrô na região. Em maio, o programa Fantástico, da TV Globo, esteve dentro do obra alagada pelo acidente e mostrou a situação que ficou o tatuzão após o escoamento da água no túnel (veja vídeo abaixo).

Fantástico mostra o Tatuzão três meses depois do acidente nas obras do metrô

Na época do acidente, o então secretário dos Transportes Metropolitanos de SP, Paulo José Galli, afirmou que o vazamento de uma galeria de esgoto causou o acidente na obra.

Segundo Galli, provavelmente o solo não suportou o peso da galeria, que passava 3 metros acima da máquina conhecida como ‘tatuzão’ e acabou se rompendo.

Vídeo mostra momento em que esgoto começa a vazar na Linha 6-Laranja, na Marginal Tietê

Ainda de acordo com o Galli, o ‘tatuzão’ não atingiu a tubulação. Apesar de passados quase seis meses do acidente, ainda não se sabe o que causou o vazamento. O governo de SP e o Ministério Público de SP investigam as causas.

Galli deixou a pasta em junho de 2022. No lugar dele o governador Rodrigo Garcia nomeou Marco Antonio Assalve, que era presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos ( EMTU).

Segundo a Acciona, concessionária responsável pela obra, o tatuzão estava a 1,8 metro de distância do local que desmoronou. Para o presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo, Paulo Ferreira, a trepidação causada pelo tatuzão é uma das hipóteses para o acidente.

Parte interna do tatuzão usado para a escavação da linha 6 - Laranja, do Metrô de São Paulo. — Foto: Reprodução/GESP

Parte interna do tatuzão usado para a escavação da linha 6 – Laranja, do Metrô de São Paulo. — Foto: Reprodução/GESP

Trajeto da futura Linha 6 - Laranja — Foto: Reprodução/TV Globo

Trajeto da futura Linha 6 – Laranja — Foto: Reprodução/TV Globo

Fonte: G1

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