Operação policial em SP prende 160, recupera mais de 30 mil objetos e apreende R$ 100 mil
Operação Divisas Integradas VI aconteceu entre os dias 24 e 26 de maio.
Pacotes de informações bancárias de potenciais vítimas eram vendidas entre criminosos — Foto: Divulgação/Polícia Civil
A Operação Divisas Integradas VI, que envolveu as Delegacias seccionais de Santos, Itanhaém, Registro, Jacupiranga e Praia Grande, em São Paulo, apreendeu mais de 30 mil objetos e R$ 100 mil. O trabalho intensivo policial aconteceu entre os dias 24 e 26 de maio. 160 foram presos, entre mandados de prisão e flagrantes, e 12 menores foram apreendidos.
O principal foco da operação foi o combate a crimes ambientais. Diversos itens que despejavam substâncias tóxicas no meio ambiente também foram localizados e apreendidos. Policiais encontraram, ainda, uma fábrica clandestina de carvão mineral, cujo material era utilizado na queima de narguilé, dispositivo utilizado para fumo de diferentes substâncias.
Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (26), as autoridades policiais divulgaram o balanço quantitativo da operação. Foram apreendidos mais de 54,5 mil quilos de entorpecentes entre maconha, cocaína, crack e outros.
Além disso, 154 comércios foram vistoriados e 180 mandados de busca e apreensão ou de prisão criminal foram cumpridos. Ao todo, 315 policiais participaram da ação, com apoio de 114 viaturas.
Apartamento como central de organização criminosa
Apartamento onde nova “célula” de organização criminosa funcionava era de luxo — Foto: Polícia Civil
Apesar do foco da operação ser o combate a crimes ambientais, um caso destacado pelas autoridades policiais foi a descoberta da ’10ª célula’ de uma organização criminosa, que funcionava em um apartamento de luxo. A polícia já investigava o caso e, durante a operação, localizou o imóvel onde dois suspeitos foram presos.
Segundo o delegado Leonardo Amorim, o esquema cria uma central de phishing [crime que utiliza de tecnologia e do meio informático para obter informações confidenciais de potenciais vítimas]. No caso, a organização enviava mensagens via SMS com links se passando por bancos.
Amorim explica que as vítimas que abriam os links digitavam todos os dados de suas contas, incluindo senhas e códigos para acesso via internet. Dessa forma, os criminosos tinham acesso às contas bancárias. Essas informações eram coletadas e vendidas em “packs” [pacotes] entre os criminosos, que utilizavam as informações de diferentes maneiras.
De acordo com Amorim, alguns transferiam dinheiro e realizavam empréstimos nas contas da vítimas, enquanto outros criavam novas contas bancárias em bancos virtuais.
Alerta
Apartamento de luxo era local onde organização que aplicava golpes em ‘phishing’ atuava — Foto: Polícia Civil
O delegado alertou sobre como evitar cair em golpes como o phishing. “A dica é sempre confirmar e checar duas vezes”.
A autoridade policial explica que ao receber uma mensagem, seja por SMS ou WhatsApp, que afirme ser sobre algum banco, o mais seguro é entrar em contato com a agência, falar diretamente com o gerente do banco ou entrar em contato com algum número confiável informado nas plataformas oficiais da instituição financeira.
“Ligar de volta para o número que aparece [na mensagem] é erro mais comum”, alerta.
Amorim ressalta, ainda, que, mensagens com horários e prazos para pagamento de dívidas não são verdadeiras, assim como cobranças para quitação de dívidas em finais de semana ou feriados. “Não existe compensação bancária nos finais de semana [e feriados]. Na dúvida, vá no próximo dia útil até uma agência bancária e verifique a situação. Se tiver dúvida, não clique em nada”.
Fonte: G1