Sarampo volta a preocupar autoridades de saúde no país
A principal razão é baixa cobertura vacinal. A partir do dia 3 de maio, o governo começa campanha nacional de vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos.
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O sarampo voltou a preocupar as autoridades de saúde no país, e a principal razão é a queda na vacinação.
Vacina no braço do bebê é alívio no coração da mãe.
“A gente está sempre de olho na carteirinha, com as vacinas todas em dia para saúde da pequena”, diz a dona de casa Pamela Ágata da Silva.
Manuela, de seis meses, tomou uma das doses da tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. É só chegar no posto de saúde e tomar, mas no ano passado a cobertura em todo o país da primeira dose da tríplice viral ficou em 71% e a da segunda dose foi de 50%, bem abaixo do esperado que é de 95% do público infantil.https://2d51e4cbdf4a890c52fb92513f1e82e1.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
O Ministério da Saúde disse que monitora atentamente a cobertura e vem intensificando as ações epidemiológicas e de multivacinação. A partir do dia 3 de maio, o governo começa uma campanha nacional para imunizar crianças de seis meses a menores de cinco anos.
O sarampo já foi uma das principais causas de mortalidade infantil na década de 80 e foi a vacina que ajudou a reverter esse quadro. O Brasil se tornou um país livre desse mal em 2016, mas três anos depois, foram confirmados mais de 20 mil casos da doença e o país perdeu o certificado de eliminação do vírus do sarampo.
Este ano, até 26 de março, o Ministério da Saúde registrou 98 casos suspeitos de sarampo no Brasil e 13 confirmados, sendo 12 no Amapá e um em São Paulo: de um bebê, que contraiu a doença em São Paulo mesmo, e não por transmissão em outra região. São Paulo também investiga outros 25 casos. A representante da Secretaria de Saúde do estado ressalta a importância da vacina.
“Tem a ver com aquilo que a gente chama do efeito rebanho. Quanto mais pessoas estiverem vacinadas, se eu não tiver uma vacinada, eu consigo segurar e conter a transmissão. Então é muito importante que a gente tenha altas coberturas vacinais principalmente para o sarampo, caxumba e rubéola”, diz Regiane de Paula, coordenadora em saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças.https://2d51e4cbdf4a890c52fb92513f1e82e1.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Pediatras temem os riscos da baixa cobertura vacinal e apontam como motivos as mensagens falsas, as chamadas fake news, e a percepção errada de que o sarampo não representa mais perigo. Ao contrário, essa é uma doença que pode levar até a morte.
“Nós já tivemos nos anos passados muitos casos de sarampo. É uma doença que não poupa indivíduos sem vacina, indivíduos suscetíveis. Ao acumularmos muitas crianças sem vacinas, é um campo fértil para disseminação do vírus novamente”, afirma o infectologosta pediatra Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Fonte: G1