Golpe do falso encontro de aplicativo faz vítimas em São Paulo

Um homem foi baleado e morreu em uma tentativa de assalto depois de marcar um encontro por aplicativo de relacionamento. Em quase dois meses, a polícia de São Paulo já registrou pelo menos três casos parecidos.


Golpe do falso encontro de aplicativo faz vítimas em São Paulo

Golpe do falso encontro de aplicativo faz vítimas em São Paulo

Um homem com encontro marcado pelo aplicativo de relacionamentos acabou sendo assassinado em São Paulo. Era um golpe.

Foi na frente de um mercadinho na Zona Norte de São Paulo que o comerciante Alex Kim Shin, de 31 anos, perdeu o controle do carro depois de levar um tiro na cabeça. A aposentada Fátima Alves Pinto mora a poucos metros dali e conta que ouviu o barulho.

“A gente ouviu a batida no pilar ali e depois os tiros. Foram bastante tiros. E depois duas motos em alta velocidade. Ai a gente já estava na janela”, conta.

Os bandidos fugiram sem levar nada. O rapaz chegou a ser socorrido, em estado grave, passou por cirurgia, mas morreu. Na delegacia, um amigo de Alex contou que ele foi até a Vila Brasilândia para encontrar uma mulher que conheceu em um aplicativo de relacionamentos.

A polícia suspeita que criminosos estejam usando esses aplicativos como isca para atrair as vítimas. Os encontros amorosos são, na verdade, armadilhas para roubos e até sequestros relâmpagos.

Em quase dois meses, a polícia de São Paulo já registrou pelo menos três casos parecidos. Em novembro de 2021, um homem chegou de moto para um encontro, na Zona Oeste, e foi parar em um cativeiro. Depois de 24 horas, teve que sacar R$ 150 mil que tinha na conta e ficou sem a moto.

Três dias depois, também no bairro do Butantã, câmeras de segurança registraram dois homens armados rendendo um terceiro, que esperava uma pessoa. Os ladrões fugiram levando a carteira e o celular da vítima.

Paulo Bittencourt, delegado que investiga o assassinato de domingo (16), diz que é preciso ter cuidado com relacionamentos virtuais, principalmente antes de marcar um encontro.

“Em primeiro lugar, tentar fazer uma conversação por imagem para verificar se pelo menos a pessoa que está se identificando é aquela que está como foto de contato. Procurar informações sobre o trabalho, horários, rotina… Se ele puder fazer print de tela, dividir isso com amigos ou familiares, facilita muito”, orienta o delegado.

Ele diz ainda que o local do encontro deve ser escolhido com critério, de preferência um lugar público, bem movimentado e durante o dia, para inibir a ação de quadrilhas. É fundamental, também, resistir aos apelos sexuais, nos sites de encontro, que acabam seduzindo as vítimas.

“O homem, normalmente, acaba se impressionando por imagens ou por histórias que são contadas a ele, imaginando que vai ter um encontro amoroso de tal forma que vale a pena arriscar ou nem pensa no risco”, afirma o delegado Paulo Bittencourt.

Fonte: G1

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