Média de novos casos de Covid-19 por dia na cidade de SP bate recorde e supera pico de 2021

Na última quinta-feira (13), capital paulista chegou à média diária de 6.928 novos casos de coronavírus notificados. Antes, recorde da cidade de São Paulo havia sido de 6.801 casos diários, em média, em março de 2021.


Exame de coronavírus do tipo antígeno de paciente positivo para COVID-19 na UBS Humaitá, bairro da Bela Vista, região central da cidade de São Paulo, na manhã desta quarta-feira 12   — Foto: SUAMY BEYDOUN/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Exame de coronavírus do tipo antígeno de paciente positivo para COVID-19 na UBS Humaitá, bairro da Bela Vista, região central da cidade de São Paulo, na manhã desta quarta-feira 12 — Foto: SUAMY BEYDOUN/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

A média móvel de novos casos conhecidos de Covid-19 notificados na cidade de São Paulo bateu recorde na última quinta-feira (13), superando inclusive o número registrado no pico da pandemia, em março de 2021.

Na última quinta-feira (13), a média diária chegou a 6.928 novos casos confirmados. Antes, o pico de novos casos havia ocorrido em 17 de março de 2021, quando a média foi de 6.801 registros. Os números foram calculados pela Prefeitura de São Paulo com base nos registros feitos nos sistemas E-SUS e Sivep-Gripe e seguem os critérios de definição de casos do Ministério da Saúde.

O recorde é condizente com um estudo que a Prefeitura de São Paulo havia divulgado, no início de janeiro, que estimava que os casos leves haviam batido recorde desde o início da pandemia. A análise foi feita com base em projeções e não nas notificações em si.

Apesar de o número de novos casos estar acima do verificado no pior momento da pandemia, os casos graves que exigem hospitalização (chamados de Síndrome Respiratória Aguda Grave), representam hoje apenas 6% do número recorde verificado em março de 2021.

Casos de Covid-19 registrados na cidade de São Paulo, por data de notificação — Foto: Reprodução/Prefeitura de São Paulo

Casos de Covid-19 registrados na cidade de São Paulo, por data de notificação — Foto: Reprodução/Prefeitura de São Paulo

A menor proporção de casos de SRAG, em relação ao total, pode ocorrer por conta do avanço da vacinação e também por características da variante ômicron.

Em 15 de março de 2021, enquanto a capital enfrentava escassez de leitos e de oxigênio, a média móvel de casos graves de Covid-19 foi de 831 pacientes por dia. Na última quinta-feira (13), foram 52 pacientes.

Este número leva em conta a data de início dos sintomas, ao contrário do número de casos notificados, que considera o dia em que o registro foi incluído no sistema. Assim, a média móvel de casos graves verificada no dia de recorde de casos ainda pode aumentar nos próximos dias, conforme os pacientes que tiveram sintomas na última quinta procurarem os serviços de saúde.

Apesar do recorde verificado na capital, a média móvel de casos no estado de São Paulo ainda está distante da verificada em 2021. Isto pode ocorrer por conta de falhas na notificação estadual, que ocorrem desde o apagão de dados do Ministério da Saúde.

Nas últimas semanas, o governo do estado notificou menos casos em todo o território do que a prefeitura registrou apenas na capital. Para especialistas, essa divergência é um indício de que o número estadual está comprometido (leia mais aqui).

Testagem na capital

Pesquisa mostra baixa quantidade de testes de Covid-19 nos laboratórios de SP

Pesquisa mostra baixa quantidade de testes de Covid-19 nos laboratórios de SP

Neste sábado (15), a Prefeitura de São Paulo anunciou que a testagem de Covid-19 e Influenza vai ser destinada apenas para pessoas do grupo de risco. O diagnóstico para o público geral será feito de forma clínica, ou seja, pela avaliação de sintomas pelos profissionais de saúde, e sem realização de exame laboratorial.

A escassez também afeta a rede privada: uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo (SindHosp) e publicada neste domingo (16) mostrou que 55% dos laboratórios do estado possuem estoque de testes de Covid-19 suficiente para menos de sete dias.

Fila para teste de Covid-19 em São Paulo, no bairro de Pinheiros, Zona Oeste da capital. — Foto: HUMBERTO DE FRANÇA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Fila para teste de Covid-19 em São Paulo, no bairro de Pinheiros, Zona Oeste da capital. — Foto: HUMBERTO DE FRANÇA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Clientes de laboratórios da região metropolitana relataram atraso nos resultados dos testes para Covid-19 nas últimas semanas. Segundo pacientes ouvidos pelo g1, laudos que deveriam ser disponibilizados em 2 dias estão levando até 5 dias para sair. A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) afirmou que o o que explica os atrasos é a alta demanda pelos exames.

Na quarta-feira (12), a Abramed alertou que testes para o diagnóstico da Covid-19 no Brasil podem acabar por falta de insumos. A recomendação da associação é de que os laboratórios priorizem a testagem em pacientes graves, trabalhadores da saúde e outros profissionais essenciais.

Fonte: G1

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