É nesse cenário de avanço rápido que especialistas reforçam o alerta: grande parte das infecções poderia ser evitada com proteção adequada, especialmente com a vacinação. Segundo médicos, a combinação entre vírus respiratórios e baixas coberturas vacinais vem contribuindo para a escalada de atendimentos.

O pneumologista Rodrigo Athanazio explica que tanto pneumonias bacterianas quanto virais têm crescido, e que uma infecção viral mal controlada pode abrir caminho para quadros mais graves.

“A gente está acostumado a falar da pneumonia bacteriana, que é muito frequente, mas a viral também ocorre. Frente a isso, a vacinação é muito importante. Primeiro para prevenir, e segundo porque uma das principais causas de pneumonia bacteriana é o quadro viral que desregula nosso sistema, e uma bactéria pode penetrar em seguida”, afirma.

A vacina que protege contra a pneumonia é oferecida de graça pelo SUS para idosos acamados e institucionalizados e pessoas com determinadas doenças e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Segundo especialistas, trata-se de um cuidado simples, mas capaz de evitar evoluções para cenários críticos, incluindo internações e risco de morte.

Athanazio destaca que a doença permanece entre as principais causas de óbito no mundo.

“A gente lembra que a pneumonia é uma das principais causas de óbito no mundo todo. Infelizmente, a gente vem aumentando esse número de casos ano após ano. Isso acaba tendo uma associação com a queda de vacinação que a gente tem visto nos últimos anos”, diz.

Nesta sexta-feira (21), quem quiser se vacinar pode procurar qualquer AMA ou UBS Integrada da cidade de São Paulo. As unidades vão funcionar normalmente.