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São Paulo passa a utilizar arma antidrone para impedir entregas aéreas em presídios

Estado tenta evitar que celulares e drogas cheguem por meio de drones aos 176 presídios atentando para os que têm maior incidência do uso.


São Paulo usa arma nova para impedir que drones levem celulares e drogas para presídios

São Paulo usa arma nova para impedir que drones levem celulares e drogas para presídios

O estado de São Paulo começou a usar uma arma nova para impedir que drones levem celulares e drogas para dentro dos presídios.

A arma é grande. Pesa uns 12 quilos, e parece aquelas dos filmes de ficção científica. Mas não dispara balas, nem raio-laser.

Em uma demonstração, o agente de vigilância penitenciária aponta para o céu à procura de drones. Depois do aviso de que o alvo foi localizado, entra em ação o sistema antidrone, que combina detecção de frequências e ondas de rádios, áudio e sensor óptico.

O dispositivo emite uma frequência que interrompe a comunicação entre o equipamento clandestino e o criminoso que estava no controle. Assim, o agente passa a comandar o drone. E pode, por exemplo, mantê-lo voando até que a bateria acabe. O drone cai e é destruído. Ou ainda, determinar o pouso perto dos agentes. Outra opção é usar o drone pra localizar o criminoso.

“Ele pode acionar uma função que faz com que o drone volte-se ao local de onde saiu, e a aí a gente consegue prender o operador do drone também”, explica Nivaldo César Restivo, secretário da Administração Penitenciária.

Os drones começaram a sobrevoar os presídios de São Paulo em 2019. Com a pandemia e a suspensão das visitas por um ano, ficou mais difícil passar com drogas e celulares pelo portão principal dos presídios. Os criminosos aumentaram o uso da tecnologia.

Em 2019, dezesseis drones foram vistos sobrevoando penitenciárias no estado de São Paulo. No ano passado foram 158. E nove equipamentos foram interceptados nos dois anos. Um deles levava pacotes com drogas para dentro do presídio. Outro levava de uma vez só vinte celulares e carregadores.

As primeiras quatro armas antidrones do Brasil custaram R$ 2,8 milhões. Como São Paulo tem 176 presídios, a Secretaria de Administração Penitenciária definiu critérios para a distribuição das armas.

“Nós temos tabuladas as unidades que sofreram maior incidência do uso de drones e é para lá que esses equipamentos serão direcionados”, explica Nivaldo.

No Brasil, as armas antidrones ainda são novidade. Em outros países, elas já são usadas em diferentes aplicações. Nos Estados Unidos, os sistemas antidrone reforçam a segurança nos aeroportos. E impedem invasões nos presídios. E as autoridades francesas já fazem testes com antidrones, para prevenir ações terroristas nas Olimpíadas de 2024.

Fonte: G1

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