Metrô confirma início da operação na Linha 17-Ouro, do Monotrilho, para março de 2026
Metrô confirma início da operação na Linha 17-Ouro, do Monotrilho, para março de 2026
Começo será com operação assistida e apenas aos finais de semana com horário reduzido. Funcionamento total será no 3° trimestre de 2026. Linha tinha previsão de entrega inicial para 2014.
Por Rodrigo Rodrigues, g1 SP — São Paulo
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Obras da estação vereador José Diniz da Linha 17-Ouro do Monotrilho, na Zona Sul de São Paulo. — Foto: Márcia Alves/Metrô SP/Divulgação
O Metrô de São Paulo confirmou nesta segunda-feira (4) o início da operação assistida da 17-ouro do Monotrilho, na Zona Sul de São Paulo, para março de 2026.
A linha que era promessa de entrega para a Copa de 2014 está orçada atualmente em R$ 5,8 bilhões e, segundo a empresa, terá o início da operação para passageiros apenas aos finais de semana, com horário reduzido de funcionamento.
Após a operação assistida, a liberação deve ser ampliada e a expectativa é que o pleno funcionamento aconteça no terceiro trimestre de 2026 (entre agosto e outubro).
“O Metrô de São Paulo informa que as obras da Linha 17-Ouro já superaram 83% de execução, com avanços significativos. A implantação segue com frentes simultâneas de obras civis, sistemas e testes dos primeiros trens. A Companhia trabalha para garantir o cumprimento do cronograma de modo que a linha possa entrar em operação assistida em março de 2026”, disse o Metrô em nota enviada ao g1.
A Linha 17-Ouro tem 6,7 km de extensão e oito estações. A principal delas fica nas imediações do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo.
A linha terá conexão com a Linha 5-Lilás, do Metrô, na estação Campo Belo, e à linha 9-Esmeralda da Via Mobilidade, pela estação Morumbi, na Marginal do Pinheiros.
A operação assistida também realizada pela concessionária ViaMobilidade, empresa do grupo Motiva (ex-CCR), que fará a gestão da linha por 30 anos.
A expectativa é que o trecho atenda 100 mil passageiros por dia.
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Trens em teste da Linha 17-Ouro do Monotrilho, que começa a operar em março de 2026. — Foto: Márcia Alves/Metrô SP/Divulgação
Segundo a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), 14 trens devem fazer o trajeto entre as estações Washington Luís e Morumbi.
O governo paulista já iniciou os testes com os dois trens que operarão na Linha 17-Ouro que já chegaram. Os testes estão acontecendo todos os dias, das 22h à 1h, segundo o Metrô.
Tarcísio participou, inclusive, de um desses testes em visita surpresa às obras no dia 28 de julho.
Os novos trens são da marca BYD SkyRail, que operam em vias elevadas.
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Governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) faz visita técnica surpresa nas obras da Linha 17 – Ouro do Monotrilho, em 28/07/2025. — Foto: Mônica Andrade/GESP
As oito estações da linha 17-Ouro são as seguintes:
- Washington Luís
- Aeroporto de Congonhas
- Brooklin Paulista
- Vereador José Diniz
- Campo Belo
- Vila Cordeiro
- Chucri Zaidan
- Morumbi
Histórico de problemas
A construção da Linha 17-Ouro do Monotrilho de São Paulo foi iniciada em 2011, na gestão do ex-governador Geraldo Alckmin (ex-PSDB, atual PSB), com promessa de término para a Copa de 2014.
Desde então, as obras foram paralisadas diversas vezes devido a rescisões contratuais com consórcios responsáveis, por atrasos e descumprimento de prazos e cronogramas.
Segundo a antiga concessionária, houve problemas com a falta de desapropriações de terrenos para a construção de alguns trechos.
O projeto original tinha com 17,7 km e 18 estações, mas o traçado foi reduzido para 6,7 km e 8 estações.
A construção foi retomada setembro de 2023, quando a atual gestão, de Tarcísio de Freitas, rescindiu o contrato com o Consórcio Monotrilho Ouro (CMO), também devido a atrasos nas obras.
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Obras da estação vereador José Diniz da Linha 17-Ouro do Monotrilho. — Foto: Márcia Alves/Metrô SP/Divulgação
O consórcio, formado pelas empresas KPE e Coesa, foi multado em R$ 118 milhões e foi impedido, na época, de participar de novos contratos públicos por dois anos. O contrato com o grupo tinha sido assinado na gestão João Doria (ex-PSDB), em 2018.
A empresa que assumiu a construção foi a Agis Construção S.A., que atualmente é responsável pela retomada e continuidade das obras civis.
A empresa assumiu o contrato em setembro de 2023, com a promessa de entrega da linha no segundo semestre de 2026.