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Prefeitura de São Paulo e Enel X apresentam frota de 50 ônibus elétricos

Empresa investiu cerca de R$ 160 milhões no projeto


A Prefeitura de São Paulo apresentou nesta segunda-feira (18) uma frota de 50 novos ônibus elétricos, projeto que tem a participação da Enel X, linha de negócios do grupo italiano Enel dedicado à transição energética.

Novos ônibus elétricos do município de São Paulo

Os ônibus começarão a rodar gradualmente já a partir de setembro, como parte de uma ampla iniciativa para aumentar a sustentabilidade do sistema de transporte público da cidade mais populosa da América Latina.

“Somos o distribuidor da energia elétrica em São Paulo e estamos fazendo todo o possível para ser um parceiro do desenvolvimento da cidade, entregando nossa energia e todo o know-how da empresa”, disse Nicola Cotugno, country manager da Enel no Brasil, em entrevista à ANSA durante o evento na Praça Charles Miller.

Já o responsável pela Enel X Brasil, Francisco Scroffa, afirmou que não tem dúvidas de que “São Paulo será a capital do transporte público elétrico”. “Aqui no Brasil, temos uma matriz de energia renovável espetacular. E também temos fabricação local dessa tecnologia, o que vai abastecer o país todo. Mas também por que não exportar essa tecnologia para outros países? Somos ambiciosos, isso é só o começo”, acrescentou.

A Enel X será responsável por uma solução integrada de mobilidade elétrica, no âmbito de uma parceria com as operadoras de ônibus Ambiental, Transppass, Transvida, e Transwolff e com a fabricante Caio/Eletra.

Essa solução inclui a infraestrutura de recarga nas garagens das operadoras, carregadores da Enel X Way e toda a tecnologia para o suporte ao monitoramento dos veículos elétricos. A Enel Trading, comercializadora do grupo, disponibilizou também uma oferta de energia renovável certificada no mercado livre para atender à demanda para a recarga.

O investimento da Enel X nessa primeira etapa do projeto é de cerca de 30 milhões de euros, o equivalente a quase R$ 160 milhões, e já há negociações com outros operadores e montadoras homologadas pela SPTrans, gestora do transporte público em São Paulo, para aumentar a frota elétrica da cidade até o fim de 2024.

Além disso, o projeto também poderá servir como vitrine para levá-lo a outras metrópoles brasileiras. “A gente está discutindo com muitas outras prefeituras no Brasil, outras grandes cidades, então acreditamos que é um primeiro passo importante. São Paulo tem uma frota de 15 mil ônibus, então começar daqui significa ter uma agenda relevante”, declarou Cotugno à ANSA.
Entre as cidades interessadas, segundo o executivo, estão Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Goiânia (GO) e São José dos Campos (SP).

A Enel X também já desenvolveu projetos semelhantes em Santiago, no Chile, e Bogotá, na Colômbia, com uma frota estimada em cerca de 3 mil ônibus elétricos nas duas cidades juntas, mas São Paulo pode representar uma escala ainda maior. O objetivo do prefeito Ricardo Nunes é ter 2,6 mil ônibus eletrificados no município até o fim do ano que vem, quando termina seu mandato.

“A quinta maior metrópole do mundo tem que olhar para a questão ambiental, e hoje é uma etapa importante da sustentabilidade na cidade de São Paulo”, declarou Nunes durante o evento.

Estimativas apontam que cada ônibus elétrico evita a emissão de 118 toneladas de dióxido de carbono (CO2), um dos gases causadores do efeito estufa, por ano, além de reduzir a poluição sonora, uma vez que esses veículos não produzem ruído.

Segundo o prefeito paulistano, são gastos em média R$ 25 mil por mês com cada ônibus a diesel, valor que cai para R$ 5 mil no caso de veículos elétricos, com uma economia de R$ 20 mil mensais por unidade.

Fonte: Terra

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