Educação

48% dos alunos e 19% dos professores da rede pública de SP já sofreram violência nas escolas, aponta pesquisa


Professoras e aluno foram esfaqueados na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo, no dia 27 de março de 2023 — Foto: Cristina Mayumi/TV Globo

Professoras e aluno foram esfaqueados na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo, no dia 27 de março de 2023 — Foto: Cristina Mayumi/TV Globo

48% dos estudantes e 19% dos professores da rede pública do estado de São Paulo sofreram algum tipo de violência nas dependências das escolas que frequentam, segundo pesquisa feita pelo Instituto locomotiva e pelo Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp).

O levantamento foi feito em janeiro deste ano e também revela que apenas quatro em cada dez estudantes da educação pública estão em escolas que oferecem apoio emocional.

Mais da metade das famílias acredita que o principal problema é a falta de profissionais qualificados para resolver questões de saúde mental.

Os dados fazem parte do estudo “Ouvindo a comunidade escolar: desafios e demandas da Educação Pública do Estado de São Paulo”.

Quatro professoras e um aluno foram esfaqueados dentro da sala de aula, na hora da chamada. Uma das professoras, Elisabete Tenreiro, de 71 anos, teve uma parada cardíaca e morreu no Hospital Universitário da USP. Ela foi enterrada nesta terça (28) sob aplausos e forte emoção.

Homenagem: professora Elizabeth Tenreiro, de 71 anos, morreu depois de ser esfaqueada por aluno em escola de SP — Foto: JN

Homenagem: professora Elizabeth Tenreiro, de 71 anos, morreu depois de ser esfaqueada por aluno em escola de SP — Foto: JN

O agressor, um aluno de 13 anos do oitavo ano na escola, foi desarmado por professoras, apreendido por policiais e levado para o 34° DP.

Na terça (28), a Justiça de São Paulo aceitou o pedido do Ministério Público para que o adolescente autor do ataque seja internado provisoriamente em uma unidade da Fundação CASA.

Ele pode ficar internado provisoriamente por, no máximo, 45 dias, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Após sentença, o jovem poderá cumprir medida socioeducativa de até 3 anos.

O vídeo abaixo mostra o momento em que ele foi desarmado por duas professoras.

Professora imobiliza agressor para salvar vítima na escola Thomazia Montoro

Professora imobiliza agressor para salvar vítima na escola Thomazia Montoro

Fonte: G1

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