Homem suspeito de matar ex-companheira na Zona Sul de SP se entrega à polícia
Jovem de 23 anos foi encontrada com sinais de estrangulamento dentro de casa. De acordo testemunhas, ele não aceitava o término do relacionamento de sete anos.
Mulher de 23 anos é vítima de feminicídio na Zona Sul de SP
O homem suspeito de matar a excompanheira, uma mulher de 23 anos, se entregou à polícia neste domingo (5). De acordo testemunhas, ele não aceitava o término do relacionamento de sete anos.
O crime ocorreu no Jardim Figueira Grande, na região da represa Guarapiranga, na Zona Sul da capital paulista. A Polícia Militar encontrou a jovem morta com sinais de estrangulamento dentro de casa.
Janaína dos Santos Bezerril foi encontrada já sem vida dentro de casa por volta de meio-dia da sexta-feira (3) junto com o celular do ex-companheiro.
Quem chamou a polícia foi a ex-sogra, que foi buscar o neto, mas encontrou a criança do lado de fora da casa.
Janaína era mãe de um menino de 5 anos diagnosticado com autismo. Uma pessoa próxima a ela contou à TV Globo que a vida dela era se dedicar ao filho.
“A Janaína sonhava em dar uma vida boa pro Enzo. O maior sonho dela era conseguir tratamento filho dela se desenvolver, dar uma vida, um bem-estar para ele”, afirmou.
Feminicídios
De acordo com os últimos dados do Infocrim, só em janeiro deste ano, 18 feminicídios foram registrados no estado, um aumento de 50%, na comparação com janeiro de 2022.
Para Rafael Alcadipani, professor de Segurança Pública da FGV-SP, o estado precisa agir antes porque o crime de feminicídio dá sinais de que vai acontecer.
“A violência contra a mulher não acontece da noite pro dia, ela dá demonstrações muito claras. Primeiro é uma agressão verbal, depois é uma agressão física, isso vai crescendo. Existe um ciclo da violência contra a mulher e ela precisa que o estado atue de forma efetiva quando esse ciclo começa. O que acontece é que, se deixar chegar muito nos finalmentes, quando a coisa já está fora do controle para se ter uma medida efetiva de tentar que esse problema não aconteça, aí acaba gerando as tragédias cotidianas.”
Fonte: G1
