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Ministério Público denuncia delegado e cinco policiais acusados de extorquir traficantes na Grande SP

Os promotores acusam o grupo de quatro crimes: organização criminosa, roubo, extorsão e tráficos de drogas. Promotoria também pediu a decretação da prisão preventiva de todos os envolvidos no esquema. Entre eles estão o delegado Eduardo Peretti Guimarães, de Salesópolis, três civis e dois militares.


Ministério Público de São Paulo denuncia o delegado Eduardo Peretti Guimarães e mais cinco policias por extorsão e outros crimes.  — Foto: Reprodução

Ministério Público de São Paulo denuncia o delegado Eduardo Peretti Guimarães e mais cinco policias por extorsão e outros crimes. — Foto: Reprodução

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) ofereceu denúncia à Justiça nesta quarta-feira (19) contra um delegado e cinco policiais de Mogi das Cruzes acusados de extorquir dinheiro de traficantes e comerciantes em Guarulhos, na Grande São Paulo.

De acordo com a investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os agentes conheciam os pontos de vendas de drogas e constrangiam os traficantes a efetuarem o pagamento de propina sob pena de prisão. O grupo atuava na capital paulista e na região metropolitana.

Operação do Gaeco prende delegado e quatro policiais acusados de extorquir traficantes na Grande SP

Na denúncia apresentada à Justiça, os promotores acusam o grupo de quatro crimes: organização criminosa, roubo, extorsão e tráficos de drogas.

A Promotoria também pediu a decretação da prisão preventiva de todos os envolvidos no esquema. Os suspeitos estão presos em caráter temporário desde setembro, quando o Gaeco desencadeou a operação que terminou com a prisão do delegado Eduardo Peretti Guimarães, da cidade de Salesópolis, e mais cinco policiais (três civis e dois militares).

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Em 2017, Peretti Guimarães foi demitido da polícia depois de ser condenado por concussão. Porém, em junho do ano passado, a Vara da Fazenda Pública de Mogi das Cruzes entendeu que a exoneração tinha sido irregular e determinou que ele fosse reintegrado à corporação.

O grupo exigia de R$ 10 mil a R$ 20 mil por semana os traficantes. Quando não recebiam, os policiais roubavam armas e drogas da quadrilha.

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No documento encaminhado à Justiça, os promotores afirmam que o grupo tinha intensa atividade criminosa e “praticavam os crimes com grande habitualidade, tratando-os como se fosse uma verdadeira profissão”.

“A interceptação das comunicações telefônicas demonstrou a intensa atividade ilícita cometida pelos denunciados. Aferiu-se que os denunciados praticavam os crimes com grande habitualidade, tratando-os como se fosse uma verdadeira profissão, tamanha a audácia de suas ações. Com efeito, nada garante que em liberdade não voltarão a delinquir, razão pela qual suas prisões são fundamentais para a manutenção da ORDEM PÚBLICA”, disseram os promotores que assinam a denúncia.

“Os crimes investigados são extremamente graves e envolvem agentes públicos que conhecem a fundo as formas tradicionais de investigação, o que muito incrementa o risco da soltura. (…) É importante notar que a soltura dos denunciados é prejudicial e inconveniente para a instrução do processo, além de colocar em risco a aplicação da lei pena”, disse o documento.

Os policiais denunciados pelo MP-SP são os seguintes:

  • Eduardo Peretti Guimarães (delegado)
  • Jorge Luiz Cascarelli (policial militar)
  • Jocimar Canuto de Paula (policial militar)
  • Wilson Isidoro Junior (policial civil)
  • Ronaldo Batalha de Oliveira (policial civil)
  • Diego Bandeira Lima (policial civil)

Em setembro, além dos policiais detidos, a operação do Gaeco prendeu outras pessoas que davam suporte ao esquema e aos traficantes envolvidos. Ao todo, 22 pessoas foram detidas.

Segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), foram cumpridos na época 27 mandados de busca e apreensão e 23 mandados de prisão temporária com o apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil.

Fonte: G1

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