Corpo de ambientalista que desapareceu na represa Billings é enterrado em SP

Enterro foi neste domingo no Cemitério Parque dos Girassóis, em Parelheiros, na zona Sul de SP. Adolfo Souza Duarte, conhecido como Ferrugem, sumiu ao cair na represa Billings no dia 1º, durante passeio de barco.


Enterrado o corpo do ambientalista Adolfo Souza Duarte na capital

O corpo do ambientalista Adolfo Souza Duarte, conhecido como Ferrugem, foi enterrado neste domingo (7) no Cemitério Parque dos Girassóis, em Parelheiros, na zona Sul de São Paulo. Ele havia desaparecido durante um passeio de barco na represa Billings no dia 1º de agosto.

O Corpo de Bombeiros de São Paulo divulgou encontrou o corpo de Ferrugem na represa na manhã deste sábado (6). Segundo a corporação, a vítima de afogamento foi retirada da água próxima da primeira balsa e encaminhado para a Polícia Científica, ligada à Polícia Civil, responsável por fazer o reconhecimento de forma oficial.

Formado em história, Ferrugem trabalhava fazendo passeios com jovens pela represa e coordenava uma ONG de defesa do meio ambiente, a Meninos da Billings. O desaparecimento ocorreu por volta de 19h30 do dia 1º, durante um passeio com um grupo de jovens.

Uma das jovens que estava no barco do ativista disse à Polícia Civil que o líder ambiental a ajudou para que não se afogasse. Depois, no entanto, ele teria desaparecido na água.

A Polícia Civil solicitou exames para o Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal (IML). O caso foi registrado como morte suspeita.

Corpo de ambientalista é encontrado na represa Billings, em São Paulo

Ao longo da semana, pescadores da região, familiares do ambientalista e bombeiros integravam o grupo de buscas pelo coordenador da ONG. O corpo foi achado a cerca de quatro metros da margem da represa.

“O que ele fez para o Cantinho do Céu, vai ficar um vazio muito grande”, disse o pescador Jair de Oliveira.

Desaparecimento

A esposa de Ferrugem, Uiara Duarte, contou à TV Globo que o último contato do marido foi às 19h41 por mensagem de WhatsApp. Após isso, ele não respondeu mais a mensagens enviadas por ela.

A Polícia Civil investiga o caso, inicialmente tratado como desaparecimento. Na quarta-feira, a delegada responsável pelo caso disse que investiga um possível homicídio culposo, em que não há intenção de matar.

Em entrevista à TV Globo, a delegada responsável pelo caso, Jakelline Barros, disse que os jovens relataram em depoimento que os passageiros da parte de trás do barco caíram na represa quando houve um tranco.

“Os que estavam atrás acabaram por cair na água da represa. Ela [a jovem que caiu na água] diz que ele [Ferrugem] a ajudou a levantar, deu indicações de que deveria continuar a bater as pernas, mas ela afirma que, quando se apoiou na boia e olhou de lado, já não mais o viu”, contou a delegada.

Em depoimento à polícia, o grupo que o contratou afirmou que Ferrugem e uma das jovens caíram na represa após um tranco no barco, e que os outros três passageiros jogaram um colete salva-vidas. A jovem foi resgatada, mas o ativista desapareceu na água.

Os rapazes conduziram o barco de volta até as margens da represa. No local, ao contarem a história a alguns moradores da região, o grupo foi agredido, de acordo com o boletim de ocorrência.

Fonte: G1

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