Para certificação contra o HIV, equipe do Ministério da Saúde realiza vistorias técnicas em unidades de Presidente Prudente
Etapa do processo de validação prossegue até a próxima quinta-feira (28). São avaliados os eixos de serviço, vigilância em saúde e participação social.
Para certificação contra o HIV, equipe do Ministério da Saúde realiza vistorias técnicas em unidades de Presidente Prudente (SP) — Foto: Eduardo Andrade
Uma equipe Nacional de Validação do Ministério da Saúde realiza, durante esta semana, vistorias técnicas nas unidades de saúde de Presidente Prudente (SP), uma etapa integra o processo de validação da certificação para município livre da transmissão vertical do HIV, o vírus da Aids. A certificação é pleiteada pela cidade desde 2017 e somente três municípios do país possuem o título: São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Umuarama (PR).
A equipe nacional é composta pelos seguintes membros: Esdras Daniel dos Santos, farmacêutico e analista técnico de Políticas Sociais do Ministério da Saúde; Leonor Henriette de Lannoy, enfermeira que integra o Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde; Camila de Farias Dantas, enfermeira e gerente do Programa Estadual de IST/Aids e Hepatites Virais de Pernambuco; Fábia Lisboa de Souza, médica sanitarista da Fundação Municipal de Saúde de Niterói (RJ); Lídia Theodoro Boullosa, graduada em ciências biológicas e membro da Rede de Isolamento e Caracterização do HIV do Ministério da Saúde; e Silvia Andrea Vieira Aloia, da equipe estadual de certificação.
Também acompanham os trabalhos o gerente de planejamento do Programa Estadual de DST/Aids, Jean Carlos de Oliveira Dantas, e o infectologista presidente da Comissão Estadual de Certificação, Valdir Pinto.
Os membros das equipes mantiveram contato, nesta terça-feira (26), pela secretária municipal de Saúde de Presidente Prudente, Márcia Cristina Silva de Lima Dantas, pela coordenadora municipal de DST/Aids, Gláucia Tavares de Brito, pela coordenadora técnica de saúde da Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM), Vânia Maria Alves Silva, pela diretora da Vigilância Epidemiológica Estadual (VGE), Ana Paula Lagisck, e pelo presidente do Conselho Municipal de Saúde, Valdinei Wanderley da Silva, além de servidores da pasta, que os acompanharão durante os três dias de trabalho, até a próxima quinta-feira (28).
Segundo Esdras Daniel dos Santos, o trabalho realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Prudente é um grande exemplo a ser seguido por todo o país.
“Integrado, educativo, compromisso de equipe e com excelentes resultados. O trabalho realizado pelo município atende aos indicadores de processo e de impacto, que são preconizados pelo guia do Ministério da Saúde. Estamos aqui para fazer a verificação dos serviços e dos dados apresentados por meio dos documentos”, avaliou o representante do Ministério da Saúde.
Ainda de acordo com Santos, após a visita técnica será realizada mais uma etapa, a validação nacional por equipe.
“A certificação de Presidente Prudente deve acontecer em dezembro, período alusivo à Luta Mundial contra a Aids. A cidade possui indicadores muito favoráveis, como cobertura de pré-natal acima de 95%, realidade que desponta em comparação a outros municípios, taxas de incidência em nível baixo, que demonstra o cuidado das equipes, ou seja, dos agravos que podem ser evitados com cuidados à gestante e que garante saúde às crianças”, declarou o representante do Ministério da Saúde.
Certificação e transmissão
A certificação avalia os eixos: serviço (assistência básica, maternidades, média e alta complexidade), vigilância em saúde (produção de dados em saúde, controle epidemiológico dos agravos) e a participação social (ouvidoria e conselhos).
A transmissão vertical ocorre quando a criança é infectada por alguma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) durante a gestação, o parto e, em alguns casos, durante toda a amamentação.
Todas as gestantes e seus parceiros sexuais devem ser investigados para IST durante o pré-natal e no momento do parto, especialmente para o HIV, a sífilis e as hepatites virais B e C.
Ao mesmo tempo, devem ser informados e orientados sobre as possibilidades de prevenção, bem como sobre a possibilidade de riscos da prevenção da transmissão vertical para a criança quando a gestante é infectada, especialmente de HIV/Aids, sífilis e hepatites virais B e C.
Fonte: G1