Comitiva de vereadores visita dark kitchen na Zona Oeste de SP para ouvir empreendedores e vizinhos

A ideia da visita, segundo a vereadora Sandra Santana (PSDB), foi ouvir o lado dos vizinhos, que reclamam do barulho, gordura e trânsito, e dos empreendedores, que apostam no modelo de negócio, para criar uma emenda para o Projeto de Lei 362/2022, proposto pelo Executivo e em tramitação na Câmara.


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Comitiva de vereadores visita dark kitchen na Zona Oeste de SP

Uma comitiva de vereadores da Câmara Municipal de São Paulo visitou uma dark kitchen no bairro da Lapa, Zona Oeste, e uma casa ao lado do estabelecimento nesta terça-feira (5) com o objetivo de verificar denúncias relatadas em uma audiência pública realizada no dia 9 de junho.

As dark kitchens, ou “cozinhas fantasmas” são estabelecimentos formados por um conjunto de cozinhas industriais e funciona apenas delivery, sem servir refeições. Os empreendimentos geralmente funcionam em galpões administrados por empresas que reúnem várias cozinhas, dividindo o aluguel pelo espaço. A regulamentação do setor tem sido discutido na Câmara Municipal.

A ideia da visita, segundo a vereadora Sandra Santana (PSDB), foi ouvir o lado dos vizinhos, que reclamam do barulho, gordura e trânsito, e dos empreendedores, que apostam no modelo do negócio, para criar uma emenda para o Projeto de Lei 362/2022, proposto pelo Executivo e em tramitação na Câmara.

“Durante a audiência pública que fizemos no último mês, assumimos o compromisso de visitar os locais e conhecer as demandas dos moradores e também igualmente visitar as cozinhas e falar com seus representantes para conhecer a operação. Com base nisso vamos formatar um relatório sobre o que verificamos durante a visita e isso vai nos embasar de forma conjunta no CCJ uma emenda para que o projeto apresentado pelo Executivo possa atender da melhor forma possível tanto os moradores quanto os empreendedores.”

O grupo de visita foi composto pelos vereadores Sandra Santana (PSDB), Thammy Miranda (PL), Cris Monteiro (Novo) e Sansão Pereira (Republicanos). A visita técnica foi proposta por meio de requerimento da presidente da CCJ, Sandra Santana, e aprovado por unanimidade pelo colegiado.

A comunicadora Mariana Paker recebeu o grupo em sua residência, atrás da dark kitchen. “Há dois anos vivo um caos com barulhos, odores e outros problemas gerados pela demanda das dark kicthens”, afirmou.

Jorge Pilo, representante da Kitchen Central, recebeu a visita do grupo. “É necessário o diálogo para que juntos possamos apresentar as adequações que forem pertinentes para o bom andamento da empresa e respeitando os moradores”.

Vizinhos de dark kitchen recebem vereadores — Foto: Roger Souto/Divulgação

Vizinhos de dark kitchen recebem vereadores — Foto: Roger Souto/Divulgação

MP investiga

Em abril, a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) instaurou um inquérito civil para apurar o tratamento que será dado pela Prefeitura sobre as ‘dark kitchens’ – mais especificamente a respeito do enquadramento da atividade e licenciamento adequado.

As cozinhas fantasmas se tornaram atraentes para os empresários porque conseguem ampliar a área de atuação dos restaurantes em aplicativos.

De acordo com o MP-SP, o negócio não deve ser considerado isoladamente para fim de licenciamento urbanístico, uma vez que as dark kitchens possuem peculiaridades específicas e acarretam significativos impactos urbanísticos conglobados, principalmente impactos negativos para o viário.

Dark Kitchen na Lapa, Zona Oeste da capital paulista — Foto: Roger Souto/Divulgação

Dark Kitchen na Lapa, Zona Oeste da capital paulista — Foto: Roger Souto/Divulgação

Fonte: G1

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