Justiça condena a 12 anos de prisão o motorista que atropelou e matou criança de 4 anos durante aniversário na Zona Sul de SP
William Volpi, de 26 anos, foi considerado culpado de homicídio ao dirigir embriagado e sem habilitação o carro desgovernado que matou o menino Kayque Ferreira, em janeiro de 2020, no bairro Campo Grande. Na noite do crime ele atropelou uma segunda criança da mesma idade.
O motorista William Volpi, de 26 anos, acusado de atropelar e matar o menino Kayque Pietro Ferreira da Silva, de quatro anos — Foto: Montagem/g1https://dd953b9866718acb52d36c6a0792e679.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
A Justiça de São Paulo condenou William Volpi, de 26 anos, a 12 anos de prisão por atropelar e matar uma criança de 4 anos em janeiro de 2020, na Zona Sul de São Paulo.
Na sentença proferida em 24 de março, o juiz Ricardo Augusto Ramos entendeu que Volpi cometeu várias ilegalidades ao dirigir embriagado e sem habilitação na noite do crime que matou Kayque Pietro Ferreira da Silva, de 4 anos, e atropelou uma outra criança da mesma idade, que foi hospitalizada em situação muito grave.
Na noite do acidente, a família de Kayque Pietro comemorava um aniversário quando o carro dirigido por Volpi invadiu a garagem onde o evento acontecia e atingiu ao menos cinco pessoas da família.https://dd953b9866718acb52d36c6a0792e679.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
“As consequências do crime foram gravosas às vítimas sobreviventes, bem como aos demais familiares da vítima Kayque. O próprio réu confirmou que não possuía habilitação para dirigir veículo automotor e que já havia dirigido em outras ocasiões após ter consumido substância psicoativa, revelando sua reprovável conduta social. O réu também estava em livramento condicional, cumprindo pena por delito de roubo, além do horário permitido, possuindo personalidade de contumaz transgressor das determinações legais”, declarou o juiz do caso.
Volpi foi condenado por homicídio e a pena de 12 anos, oito meses e 13 dias de reclusão, que deve ser cumprida inicialmente em regime fechado, segundo o juiz.
O réu não poderá apelar em liberdade da sentença por justamente ter infringido a liberdade condicional ao cometer o novo crime, disse o magistrado.
Motorista já cumpria liberdade condicional
Carro invade borracharia e mata criança atropelada em São Paulohttps://dd953b9866718acb52d36c6a0792e679.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Na época, moradores do bairro relataram à polícia que o rapaz foi visto bebendo em um posto de combustível antes de provocar o acidente. Os relatos afirmam que ele também portava um frasco de lança-perfume.
Na data do acidente, o rapaz estava em liberdade condicional após ter sido condenado a seis anos de prisão por roubo e porte ilegal de arma em 2017. A medida cautelar impedia que ele saísse de casa depois das 22h, mas ele descumpriu a norma judicial.
Carro invade borracharia — Foto: Reprodução/TV Globo
O pai do menino morto, o borracheiro Eraldo Sebastião da Silva, disse que o desfecho do julgamento “dá finalmente paz à família”.
“O que esse rapaz fez contra a minha família não tem pena que alivie a dor. Por causa da morte do meu filho, minha esposa tentou tirar a vida dela três vezes, depressiva e inconformada com tudo que aconteceu. É uma ferida que nunca vai cicatrizar. Mas a condenação dele é oportunidade de dar finalmente paz à família toda”, contou Eraldo .
A menina Emanuele, também de quatro anos, ferida no atropelamento de janeiro de 2020, na Zona Sul de São Paulo. — Foto: Acervo pessoal
Eraldo Sebastião da Silva disse que no acidente de 2020 uma outra menina da família, também de 4 anos, foi igualmente atingida pelo carro desgovernado e “sobreviveu por milagre”. Ela ficou 15 dias internada com ferimentos e fraturas graves pelo corpo, além de cinco dias em coma na UTI.
“A menina teve fraturas no corpo todo, além de queimaduras de terceiro grau. Ficou em coma vários dias, tomando morfina na UTI para aliviar a dor. Foi um milagre de Deus ela ter sobrevivido. A gente não ia aguentar perder duas crianças tão especiais de uma vez só”, declarou.
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Motorista se entregou
William Volpi se entregou à polícia dias depois do acidente, na presença de um advogado. Na época, ele teve a prisão temporária decretada e foi ouvido pelos investigadores do 80º Distrito Policial (DP) da Vila Joaniza.
Na ocasião da prisão, disse que não estava embriagado nem fez uso de drogas, e que não teve a intenção de atropelar ninguém, apenas perdeu o controle da direção.https://dd953b9866718acb52d36c6a0792e679.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
O rapaz aguardava o julgamento do caso preso no Centro de Detenção Provisória da cidade de Pacaembu, no interior de São Paulo.
Suspeito de atropelar criança é preso
Família do menino Kayque Pietro Ferreira da Silva, de quatro anos, pede condenação de William Volpi durante julgamento no Fórum da Barra Funda. — Foto: Acervo pessoal
Fonte: G1