Em São Paulo, 45% das áreas ultrapassaram tempo que poderiam ficar sem energia elétrica

De acordo com a Enel, no ano passado a empresa reduziu em 10% a duração média das interrupções no fornecimento de energia elétrica, em comparação com 2020.


45% da capital paulista ficou sem energia por mais tempo do que o permitido pela Aneel nos últimos 12 meses

45% da capital paulista ficou sem energia por mais tempo do que o permitido pela Aneel nos últimos 12 meses https://d00dd2ece2421965288cafcbfb89bb5b.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Nos últimos 12 meses, quase metade das regiões da cidade de São Paulo ficou sem energia elétrica por um tempo maior do que o limite determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Existe um teto de quanto tempo os consumidores têm que esperar até a energia ser restabelecida sempre que há um problema no fornecimento. Esse limite muda de região para região. Mas, em 45% das áreas de concessão da capital, ele foi ignorado.

De acordo com a Enel, no ano passado a empresa investiu R$ 1,6 bilhão para modernização da sua infraestrutura, e com isso, reduziu em 10% a duração média das interrupções no fornecimento de energia elétrica, em comparação com 2020. https://d00dd2ece2421965288cafcbfb89bb5b.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Existem, em São Paulo, um total de 112 grupos de consumidores, e ao longo dos últimos 12 meses, 51 deles ficaram mais tempo no escuro do que poderiam.

Áreas de distribuição de energia da Enel — Foto: Arte/TV Globo

Áreas de distribuição de energia da Enel — Foto: Arte/TV Globo

Em Parelheiros, na Zona Sul, o limite estabelecido é de 13 horas, mas os moradores ficaram, em média, 16 horas e 48 minutos esperando o restabelecimento da energia após ela ter faltado.

No Carrão, na Zona Leste, a espera deveria ser de no máximo 5 horas, mas a média foi de 8 horas e 14 minutos. https://d00dd2ece2421965288cafcbfb89bb5b.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

No Sumaré, na Zona Oeste, os clientes foram obrigados a aguardar uma média de 7 horas e 10 minutos – quase o dobro do tempo determinado pela Aneel, que é de 4 horas.

Áreas críticas no fornecimento de energia — Foto: Arte/TV Globo

Áreas críticas no fornecimento de energia — Foto: Arte/TV Globo

Casos recentes

No Parque dos Bancários, em Sapopemba, o fornecimento de energia elétrica foi interrompido às 15h desta segunda-feira (7), e só retornou às 9h30 desta terça-feira (8).

Como o problema vem sendo recorrente, a comerciante Ana Paula da Silva Gonçalves nem se deu ao trabalho de fazer a reposição dos sorvetes em seu mercado para não voltar a ter prejuízos.

“Época de vender sorvete e a gente não pode nem comprar. Como a gente vai garantir que vai ficar muito tempo ali?”, questiona. “Desde sábado está faltando [energia] diariamente. Nesse mês já faltou várias vezes. Começou a chover, acaba a energia”, completa. https://d00dd2ece2421965288cafcbfb89bb5b.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

A tatuadora Tamy Bonfá afirma que a mãe precisa de cuidados médicos, que estão sendo prejudicados devido às constantes faltas de energia. “A geladeira não suporta, e a insulina não fica na temperatura certa. Então todos os dias a gente estava perdendo insulina”, conta.

Segundo Tamy, a mãe passou mal e ela não pôde contar com o posto de saúde próximo à sua casa, que também estava sem energia elétrica. “O posto de saúde também estava sem energia, não consegui fazer o exame de sangue nela hoje de manhã e nem pegar insulina, porque o posto não estava funcionando”, diz.

Segundo a Enel, no últimos quatro dias, cerca de 500 árvores caíram sobre a rede elétrica, prejudicando a distribuição de energia.

Fonte: G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *