Esportes

Palmeiras busca primeiro título na gestão de Leila sob pressão da torcida e nos bastidores

Presidente tem convivido com protestos em pouco mais de dois meses à frente do cargo e convocou para quinta-feira uma reunião com os membros de sua diretoria


O Palmeiras enfrenta o Athletico nesta quarta-feira, às 21h30, precisando de uma vitória simples no Allianz Parque para conquistar a Recopa Sul-Americana. Este pode ser o primeiro título da gestão de Leila Pereira.

Há pouco mais de dois meses no cargo, a presidente já estava à frente do clube na campanha do vice-campeonato mundial e agora se vê em um ambiente de frequente cobrança, tanto da torcida quanto entre conselheiros – e até da situação.


Leila Pereira, presidente do Palmeiras — Foto: Fabio Menotti

Leila Pereira, presidente do Palmeiras — Foto: Fabio Menotti

O ponto de partida para as críticas é a ausência do tão esperado centroavante que mudasse o patamar da equipe titular a tempo do Mundial. Desde então, palmeirenses têm se manifestado cada vez mais cobrando a dirigente.

As mudanças nos departamentos de marketing e comunicação também geraram uma onda de crítica, inclusive com manifestação da Mancha Alviverde, principal torcida organizada do clube, que alega não existir mais diálogo devido ao “egocentrismo” da dirigente. Leila sempre teve relação próxima com o grupo por ser uma das maiores apoiadoras da escola de samba da torcida.

As críticas chegaram também ao âmbito político. Conselheiros considerados da situação, que apoiaram a candidatura de Leila, já se mostraram incomodados com os rumos do início da gestão e cogitam um movimento para se afastar.

Um grupo de 32 conselheiros, estes principalmente de oposição, enviou uma carta pedindo explicações sobre o processo da contratação da agência de comunicação que hoje está no Verdão e já trabalha com Leila há alguns anos.

Leila Pereira conversa com o elenco do Palmeiras na Academia de Futebol — Foto: Cesar Greco

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Recentemente, a presidente teve reuniões com veículos de mídia feitos por torcedores palmeirenses, e nos encontros reforçou a intenção de manter os funcionários que hoje estão no clube, incluindo o diretor de futebol Anderson Barros, outro foco de insatisfação neste começo de 2022.

Nesta terça, a funcionária que faria a ponte do clube com estes canais segmentados anunciou sua saída, menos de duas semanas depois de iniciar o trabalho.

Diante deste começo turbulento, Leila convocou para esta quinta-feira uma reunião com os membros de sua diretoria executiva, na sede social do Verdão.

E o centroavante?

Quanto ao grande desejo da torcida, a contratação de um camisa 9, a diretoria mantém o discurso de que está em busca de um jogador que se adapte ao perfil palmeirense: com capacidade de entregar tecnicamente e potencial de venda. Investimentos elevados não devem acontecer.

Ainda que a Recopa seja um campeonato de menor relevância, perdê-la já fez o ambiente no clube ficar mais tenso no ano passado, quando houve cobranças até em cima de Abel Ferreira. Desta vez, a diretoria é o grande foco de insatisfação entre os palmeirenses.

Fonte: G1

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