Em dois anos, população de rua em São Paulo aumenta mais de 30%
Reportagem especial com dados exclusivos conta a história de famílias inteiras que não tiveram escolha a não ser trocar o teto pelo concreto.
Em dois anos, população de rua em São Paulo aumenta mais de 30%
O Censo da população de rua em São Paulo é feito periodicamente. O próximo seria em 2023, mas a prefeitura decidiu antecipá-lo diante de um cenário de urgência: o inegável aumento do número de pessoas vivendo nas ruas da cidade.
Segundo o Censo, tem mais gente vivendo na rua da cidade: são quase 32 mil pessoas. Em dois anos, essa população cresceu 31%. Isso contando também quem pernoita em abrigos. Levando em consideração apenas os que ficam o tempo todo na rua, o aumento registrado pelo Censo é ainda maior: 54%. O novo Censo também mostra que 18 em cada 100 pessoas vivem há menos de um ano nas ruas. https://63d8ac1d6801c91d2ac70602edb677c9.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
O primeiro levantamento foi feito em 2000. Na época, em cada 10 mil paulistanos, 8 viviam na rua. Em pouco mais de duas décadas, a proporção saltou para 26.
O Padre Júlio Lancellotti se dedica há décadas à população em situação de rua, mas não a vê plenamente contemplada nos censos municipais.
“Não é só aquele que está na rua ou está no abrigo. Às vezes ele está em buracos, em lugares inacessíveis. E se você não tem contato com essas pessoas, você não é capaz de saber que elas existem”, afirma Júlio Lancellotti.
Para responder ao crescimento da população de rua, a Prefeitura de São Paulo aposta em um programa de moradia temporária chamado “Reencontro”. O programa vai oferecer unidades de 12 m² a 19 m².
Fonte: G1