Maioria dos laboratórios do estado de SP tem estoque de testes de Covid-19 suficiente para menos de 7 dias, diz pesquisa de sindicato

Enquete feita pelo SindHosp com gestores de laboratórios mostrou que 55% têm estoque para até uma semana. 88% dos locais relataram dificuldade para adquirir testes de Influenza e Covid-19.


Fila para teste de Covid-19 em São Paulo, no bairro de Pinheiros, Zona Oeste da capital. — Foto: HUMBERTO DE FRANÇA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Fila para teste de Covid-19 em São Paulo, no bairro de Pinheiros, Zona Oeste da capital. — Foto: HUMBERTO DE FRANÇA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo (SindHosp) e publicada neste domingo (16) mostrou que 55% dos laboratórios do estado possuem estoque de testes de Covid-19 suficiente para menos de sete dias.

Outros 22% têm recursos para atender de 15 a 21 dias de demanda, e 16% para 8 a 14 dias. Apenas 6% dos laboratórios preveem que o estoque deve durar mais de 21 dias.

A enquete mostrou ainda que 88% dos gestores hospitalares de 111 laboratórios privados relataram dificuldade para adquirir testes de Influenza e Covid-19.

Além disso, 99% deles tiveram aumento na testagem para Covid-19 nos últimos 15 dias. Em 92% dos locais, o aumento na procura foi de até 100%. Apesar disso, 8% dos laboratórios relataram um aumento na procura de 101% a 1000% na última quinzena.

Clientes de laboratórios da região metropolitana relataram atraso nos resultados dos testes para Covid-19 nas últimas semanas. Segundo pacientes ouvidos pelo g1, laudos que deveriam ser disponibilizados em 2 dias estão levando até 5 dias para sair. A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) afirmou que o o que explica os atrasos é a alta demanda pelos exames.

Tubos de exame de sangue para teste da Covid-19 em Sorocaba, no estado de São Paulo — Foto: Cadu Rolim/Estadão Conteúdo

Tubos de exame de sangue para teste da Covid-19 em Sorocaba, no estado de São Paulo — Foto: Cadu Rolim/Estadão Conteúdo https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Na quarta-feira (12), a Abramed alertou que testes para o diagnóstico da Covid-19 no Brasil podem acabar por falta de insumos. A recomendação da associação é de que os laboratórios priorizem a testagem em pacientes graves, trabalhadores da saúde e outros profissionais essenciais.

A escassez de testes também atingiu a prefeitura da capital paulista. Neste sábado, a Prefeitura de São Paulo anunciou que a testagem de Covid-19 e Influenza vai ser destinada apenas para pessoas do grupo de risco. O diagnóstico para o público geral será feito de forma clínica, ou seja, pela avaliação de sintomas pelos profissionais de saúde, e sem realização de exame laboratorial

Prefeitura restringe testagem

O prefeito, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que a mudança no protocolo de testagem da rede municipal aconteceu devido à falta de testes no mercado.

“Eu já orientei o secretário da saúde para que, toda quantidade necessária, ele faça a aquisição. Sem nenhum problema da questão financeira, mas está faltando no mercado. A gente tem uma quantidade de testes que está sendo utilizada em situações de necessidade de internação. A gente depende do fabricante fornecer. Havendo testes suficientes, a gente vai oferecer”, disse Nunes.

São Paulo muda protocolo para testagem de casos de síndrome gripal

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A nova orientação de prioridade vale para unidades hospitalares, Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs), Unidades Básicas de Saúde (UBSs), AMA/UBS Integradas, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e pronto socorros (PSs).

Pertencem ao grupo de risco:

  • pessoas não vacinadas ou com apenas uma dose de vacina;
  • gestantes e puérperas;
  • indivíduos com comorbidades;
  • profissionais de saúde;
  • população em situação de rua.

Para esse público, quem apresentar dois ou mais sintomas gripais, será submetido ao RT-PCR ou teste rápido antígeno, de acordo com a disponibilidade.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, após o diagnóstico, o grupo será monitorado por meio de atendimento telefônico e serão analisadas as condições clínicas por sete dias. Deverá também ser disponibilizado oxímetro e orientações sobre agravamento dos sintomas. Se houver piora clínica, o paciente deverá ser encaminhado para a rede de emergência.

Fonte: G1

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