Ministério Público de SP apura corrupção de subprefeituras na investigação de lotes irregulares na represa Guarapiranga
MP vai investigar funcionários de quatro subpprefeituras após encontrar indícios de corrupção de agentes públicos. Prefeitura disse que está empenhada na repressão às ocupações irregulares.
Ministério Público vai investigar 4 subprefeituras da capital https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
O Ministério Público de São Paulo vai investigar quatro subpprefeituras que atuam na região da represa Guarapiranga, na Zona Sul da capital, por conta de obras ilegais em lotes clandestinos criados em áreas de mananciais.
Os promotores avaliaram que a realização de tantas obras de infraestrutura em uma área em que as construções são proibidas indica um forte sinal de que houve corrupção. Funcionários de quatro subprefeituras da região vão ser investigados. Celulares e computadores apreendidos em uma operação nesta segunda-feira (13) vão ajudar nesse trabalho.
“Nós apreendemos documentos que demonstram pagamentos ordinários para agentes públicos que deveriam fazer essa investigação, fiscalização”, disse o secretário de políticas criminais do MP, Arthur Lemos Júnior. https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
“Temos órgãos que deveriam zelar pela fiscalização e não o fizeram certamente por causa das vantagens financeiras que receberam”, completou.
O Ministério Público não divulgou quais são as subprefeituras onde os investigados trabalham. O caso está sob sigilo.
Em nota, a prefeitura disse que está empenhada na repressão às ocupações irregulares na área de mananciais e que está colaborando com o ministério público em todas as ações em execução. Desde junho para cá, foram derrubadas 142 casas em oito operações feitas pela prefeitura, informou a administração municipal em nota.
Construções ilegais
A policia ambiental e promotores foram nesta segunda (13) até uma área loteada de forma clandestina na beira da represa Guarapiranga, na Zona Sul da cidade de São Paulo.
A polícia derrubou as últimas cinco casas e apreendeu uma retroescavadeira.
Com ordem da justiça, foram removidas as últimas famílias que viviam no local. A área estava embargada.
A área fica no Jardim Ipava, mesma região que foi alvo de outra operação policial em agosto. No local, 55 casas construídas irregularmente esse ano foram demolidas.
O loteamento apesar de ser clandestino tinha instalação de água e luz, e as ruas eram asfaltadas. Cada terreno foi vendido por valores que variaram de 50 mil reais até 100 mil reais, segundo a investigação.
De acordo com Mateus Castilho, promotor de justiça do MP, uma dica básica para não comprar um terreno ilegal e perder dinheiro é verificar a matrícula do imóvel e o contrato que está sendo apresentado.
“A pessoa que está te vendendo tem obrigação, como fornecedora, de oferecer essas informações. Se ela não oferece, é melhor deixar de lado que não vai dar certo”, explicou.
Fonte: G1